Testemunha ocular de várias eras da aviação mundial, Bette Nash começou sua carreira na Eastern Airlines em 4 de novembro de 1957 e nunca mais parou de voar. Hoje, aos 84 anos, a American Airlines, sua atual empregadora, compartilhou uma publicação em que celebra os 64 anos de voos da mais longeva de suas comissárias de bordo.
Foi o glamour de voar que a atraiu inicialmente, uma paixão despertada durante um voo da extinta empresa TWA. Ela acompanhava sua mãe num voo partindo de Washington e, vendo as comissárias e os pilotos trabalhando, logo viu que era aquela a vida que desejaria levar.
Ao longo das décadas, ela viu muitas mudanças no mundo da aviação. Voar hoje está muito longe do estilo das luvas brancas da era de ouro de que Nash se lembra. Quando ela voou pela primeira vez, os aviões eram um lugar de luxo, uma espécie de festa sofisticada no ar, onde todos vestiam suas melhores roupas e comiam lagosta em porcelana de verdade.
De acordo com Nash, naquela época, as companhias aéreas também tinham uma esteticista para ensinar as comissárias de bordo sobre maquiagem. Diz que o rímel era permitido, mas a sombra, não. Além disso, o peso era controlado diariamente e confessa que odiava essa parte.
Ela também viveu as diferentes fases da moda a bordo das aeronaves, passando do visual superconservador até os uniformes mais extravagantes dos anos 1970 e a volta ao clássico anos mais tarde. Hoje em dia, ela acredita que há uma grande diversidade, até por conta do momento do mundo hoje, do acesso à informação, mas que os comissários ainda vivem no imaginário de muita gente.
Ela acha que a figura do comissário de bordo é insubstituível por máquinas, seja pela questão da segurança, seja pela simpatia, valorizada por muita gente. Ainda hoje, ela se sente como no primeiro dia de trabalho, empolgada por entrar num avião e receber seus clientes, muitos dos quais ela conhece há muitos anos.