Na foto: Martinha do Coco
A programação segue neste domingo a partir das 14h com a oficina de confecção de instrumentos com materiais recicláveis, ministrada por Sandra Luciano e Lucila Poppi (SP). As artistas ensinarão a construir 3 instrumentos muito significativos dentro da cultura do Coco, que são o Tambor, o Ganzá e o pandeiro, a partir de materiais recicláveis e materiais comuns presentes em casa. Foram escolhidas estas peças pensando tanto na importância destes instrumentos para o ritmo do Coco, quanto na acessibilidade do público em ter os materiais e realizar facilmente as etapas de montagem.
Em seguida, às 16h, as mestras do coco participam da Roda de Conversa “A cultura popular: o pós pandemia”. Estarão presentes Luana Flores (SP), Monica Santos (SP) , Karina Mitiko (SP) e Marileide Alves (SP).
A programação deste último dia do Encontro de Coqueiras termina com três apresentações, à partir das 18h:
Rachada do Coco (SP) - grupo de mulheres que cantam, tocam e brincam os ritmos brasileiros, principalmente o coco de roda praieiro de Recife e Alagoas. O grupo surgiu do interesse em criar um espaço de experimentação, majoritariamente feminino, de algumas das inúmeras manifestações artísticas do país. Ao som do pífano, flautas, alfaia, pandeiros, ganzás, xequerê, triângulo e outros instrumentos percussivos, a apresentação da Rachada do Coco, conta com dança, interação com o público e músicas autorais. A partir de seus lugares de fala, o espetáculo é um convite para homenagear a riqueza e a diversidade destes legados regionais, bem como de fortalecer este e outros espaços ocupados por mulheres na cena artística.
Cocomelo Coletivo (SP) - Projeto independente e livre, o grupo já está há cinco anos fazendo apresentações no estado de São Paulo, tendo como foco principal a periferia paulistana e cidades do interior do estado. Dentre os lugares apresentados estão: Arte e Cultura na Kebrada (São Miguel), Casa de Cultura do M'Boi Mirim, Casa de Cultura Raul Seixas, Virada feminista de Jundiaí e Encontro de Maracatu de Piracicaba.
Martinha do Coco (GO) - Mestra Martinha do Coco é artista e moradora do Paranoá há 40 anos. Nasceu em Olinda - PE, de onde migrou com sua família para a antiga Vila do Paranoá aos 17 anos de idade. Martinha teve a oportunidade de iniciar sua carreira artística cantando samba de coco no grupo de percussão da Organização Tambores do Paranoá – TAMNOÁ e é uma das fundadoras do Ponto de Cultura Tambores do Paranoá. Vem desenvolvendo um trabalho autoral com as influências culturais da terra onde nasceu e cresceu – coco, maracatu e ciranda. Em 2013, Martinha do Coco recebeu do Ministério da Cultura o título de Mestra da Cultura Popular e em 2019 recebeu uma homenagem da Câmara Legislativa do Distrito Federal.