Último dia do Encontro de Coqueiras tem shows e roda de conversa sobre a cultura popular no pós pandemia
28/03/2021 11:42 em Variedades

A programação do último dia do Encontro de Coqueiras começa às 14h e tem como destaques a roda de conversa “A cultura popular: o pós pandemia” e show da mestra Martinha do Coco 

 

A sétima edição do Encontro, que acontece desde o ultimo dia 25 encerra-se neste 28 de março é online e gratuita e tem como objetivo unir grupos de mulheres que trabalham com a linguagem do coco, fortalecendo o movimento

 

O evento tem uma programação totalmente permeada pela presença das mulheres no coco em todas as suas vertentes, além de oficinas e rodas de conversas

 

 

 

Começou na quinta-feira (25) e termina hoje a primeira edição online do  Encontro de Coqueiras, celebrando a cultura do Coco de Roda. Idealizado pela artista brasiliense Rafa Ella Nepomuceno e com produção da Dente de Leão Cultural, o evento é totalmente gratuito, sendo transmitido pelo canal oficial do evento no YouTube.

 

Esta é a sétima edição do Encontro, que habitualmente acontece em São Paulo e tem como objetivo reunir grupos de mulheres que trabalham com a linguagem do coco, percussão e cultura popular e juntar forças, fazendo o movimento ficar ainda mais forte e rico. Nesta primeira edição online, o Encontro terá uma programação totalmente permeada pela presença das mulheres no coco em todas as suas vertentes (música, dança, poesia), e também nas oficinas e rodas de conversas.

 

Os três primeiros dias do evento foram marcados pelas apresentações dos grupos Coco de Oyá (SP), As Três Marias, o Sol e a Lua (SP), da roda de conversa sobre “A história do Coco e sua atuação no Estado de São Paulo” e muito mais.

 

Programação de domingo (28/03):

 

Na foto: Martinha do Coco

 

A programação segue neste domingo a partir das 14h com a oficina de confecção de instrumentos com materiais recicláveis, ministrada por Sandra Luciano e Lucila Poppi (SP). As artistas ensinarão a construir 3 instrumentos muito significativos dentro da cultura do Coco, que são o Tambor, o Ganzá e o pandeiro,  a partir de materiais recicláveis e materiais comuns presentes em casa. Foram escolhidas estas peças pensando tanto na importância destes instrumentos para o ritmo do Coco, quanto na acessibilidade do público em ter os materiais e realizar facilmente as etapas de montagem.

 

 

Em seguida, às 16h, as mestras do coco participam da Roda de Conversa “A cultura popular: o pós pandemia”. Estarão presentes Luana Flores (SP), Monica Santos (SP) , Karina Mitiko (SP) e Marileide Alves (SP).

 

 

A programação deste último dia do Encontro de Coqueiras termina com três apresentações, à partir das 18h:

 

 

Rachada do Coco (SP) - grupo de mulheres que cantam, tocam e brincam os ritmos brasileiros, principalmente o coco de roda praieiro de Recife e Alagoas. O grupo surgiu do interesse em criar um espaço de experimentação, majoritariamente feminino, de algumas das inúmeras manifestações artísticas do país. Ao som do pífano, flautas, alfaia, pandeiros, ganzás, xequerê, triângulo e outros instrumentos percussivos, a apresentação da Rachada do Coco, conta com dança, interação com o público e músicas autorais. A partir de seus lugares de fala, o espetáculo é um convite para homenagear a riqueza e a diversidade destes legados regionais, bem como de fortalecer este e outros espaços ocupados por mulheres na cena artística.

 

 

Cocomelo Coletivo (SP) - Projeto independente e livre, o grupo já está há cinco anos fazendo apresentações no estado de São Paulo, tendo como foco principal a periferia paulistana e cidades do interior do estado. Dentre os lugares apresentados estão: Arte e Cultura na Kebrada (São Miguel), Casa de Cultura do M'Boi Mirim, Casa de Cultura Raul Seixas, Virada feminista de Jundiaí e Encontro de Maracatu de Piracicaba. 

 

 

Martinha do Coco (GO) - Mestra Martinha do Coco é artista e moradora do Paranoá há 40 anos. Nasceu em Olinda - PE, de onde migrou com sua família para a antiga Vila do Paranoá aos 17 anos de idade. Martinha teve a oportunidade de iniciar sua carreira artística cantando samba de coco no grupo de percussão da Organização Tambores do Paranoá – TAMNOÁ e é uma das fundadoras do Ponto de Cultura Tambores do Paranoá. Vem desenvolvendo um trabalho autoral com as influências culturais da terra onde nasceu e cresceu – coco, maracatu e ciranda. Em 2013, Martinha do Coco recebeu do Ministério da Cultura o título de Mestra da Cultura Popular e em 2019 recebeu uma homenagem da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

 

Na foto: Cocomelo Coletivo

 

Manifestação cultural: O Coco de Roda é uma dança nordestina muito rica em poesia, ritmo e expressões corporais. É um ritmo encontrado em diversos estados da região nordeste e é geralmente dançado em formato de roda, onde as pessoas cantam e giram com “umbigadas”. 

 

 

Dizem que ela teve origem nos cantos de trabalho dos tiradores de coco no Submédio São Francisco, mais precisamente em Pernambuco e Alagoas, e que somente depois ela virou um ritmo de dança. Criado a partir da necessidade de pilar o chão de terra batida, os casais dançavam o “trupe” e assentavam o barro, formando o piso da casa do anfitrião, que promovia um “baile mutirão”.  E assim, de casa em casa, o repertório foi se ampliando. 

 

 

A influência africana é muito clara tanto no ritmo quanto nos movimentos da dança, mas existe também uma forte contribuição indígena na estrutura da dança. Em um clima de muita alegria, homens, mulheres e crianças cantam e dançam o Coco de Roda com vigor e resistência, muitas vezes até amanhecer.

 

PROGRAMAÇÃO ENCONTRO DE COQUEIRAS

 

 

28/03 (domingo)

 

14h Oficina de confecção de instrumentos com materiais recicláveis, com Sandra Luciano e Lucila Poppi (SP)

 

16h Roda de Conversa “A cultura popular: o pós pandemia”

Convidadas: Luana Flores (SP), Monica Santos (SP) , Karina Mitiko (SP) e Marileide Alves (SP)

 

18h Show Rachada do Coco (SP) + Cocomelo Coletivo (SP) + Martinha do Coco (GO)

 

O Encontro de Coqueiras é uma realização:

 

Governo do Estado de São Paulo,  Secretaria da Economia e Cultura Criativa, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, ProAC,  Governo Federal, Lei Audir Blanc e Dente de Leão Cultural

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