DEMISSÃO DO MINISTRO “Constitui forte prova para um processo de impeachment”, diz Dino sobre depoimento de Moro
Política
Publicado em 25/04/2020

O governador do Maranhão, Flávio Dino, se pronunciou na tarde de ontem (24) sobre o pedido de demissão do ex-juiz Sérgio Moro do cargo de Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O agora ex-ministro, disse que deixou o cargo porque o presidente da República, Jair Bolsonaro, exonerou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, sem dar nenhuma justificativa para a demissão. Em sua conta do Twitter, Dino questionou a legalidade da relação do presidente com o ex-ministro.

Moro ainda declarou que Jair Bolsonaro queria ter acesso a informações da PF, e que por isso o presidente tem preferências por outros nomes para o comando do órgão que possam garantir esse acesso.

“Me disse, mais de uma vez, expressamente, que queria ter [na direção-geral da PF] uma pessoa do contato pessoal dele, para quem ele pudesse ligar, colher informações, que pudesse colher relatórios de inteligência. Este, realmente, não é o papel da PF”, disse Moro em coletiva na tarde de hoje anunciando sua demissão.

O governador do Maranhão declarou que as alegações feitas por Moro sobre o presidente da República são provas de irregularidades na administração de Bolsonaro, que podem render até mesmo processo de impeachment.

Mais uma vez Flávio Dino chamou atenção para o foco do presidente Jair Bolsonaro estar em questões paralelas à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 3 mil pessoas no Brasil.

Desde que a covid-19 chegou ao país, Bolsonaro diz que a população, em especial os governadores dos estados, têm dado importância demais à doença e que deveria ser feito o “isolamento vertical”, deixando em quarentena apenas os idosos e demais grupos de risco, para que a economia do Brasil não quebrasse. O presidente chegou a chamar o coronavírus de “gripezinha” e “histeria”. Seus apoiadores também vem pedindo o fim do isolamento, fazendo periodicamente protestos nas ruas pedindo a reabertura do comércio.

O Imparcial

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