A criança foi levada ao HMI, onde a médica suspeitou de maus-tratos e chamou a polícia
Um bebê de 6 meses foi internado no Hospital Materno Infantil (HMI) de Goiânia com suspeita de agressão. A criança apresentava 12 fraturas, diversas queimaduras pelo corpo e edema cerebral. Os pais foram presos em flagrante na última sexta-feira (6).
A mãe da criança, de 18 anos, é natural de Codó, no Maranhão.
Segundo a delegada Renata Vieira da Delegacia de Atendimento à Mulher (Dema), em depoimento o pai, de 24 anos, natural do Pará, negou as agressões à polícia. No entanto, a mãe alegou que sempre tentava proteger a filha.
De acordo com informações policiais, na última quarta-feira (4), o homem teria ingerido bebida alcoólica, e agrediu a criança que começou a chorar enquanto era amamentada. Ele teria batido a cabeça do bebê contra a cama. A mãe levou a filha a um posto de saúde na cidade Trindade, município de Goiânia na quinta-feira (5). A criança foi encaminhada ao HMI, onde a médica suspeitou que a mesma havia sido vítima de maus-tratos e chamou a polícia.
O Hospital informou que a paciente apresentava sinais de espancamento e maus-tratos. A criança está internada na emergência do Pronto Socorro Pediátrico do HMI. Não há previsão de alta.
Investigação
Na delegacia, a mãe contou que o marido bate na criança desde que ela nasceu, em setembro do ano passado. Ela afirmou ainda que o homem faz uso constante de bebida alcoólica e sempre agride ela e a filha.
O pai afirmou que as queimaduras nas mãos e pés foram provocadas pela mãe, que no entanto, afirma que como a casa estava sem luz, precisava de uma vela para trocar as fraudas e que, às vezes, alguns pingos de cera quente acabavam caindo na criança. Os pais foram presos em flagrante por tentativa de homicídio.
O Instituto Médico Legal (IML) deve comparecer ao HMI para fazer exame de corpo de delito na bebê, a pedido da delegada.
A delegada declarou ainda que a criança não era alimentada corretamente. O Conselho Tutelar afirmou que a situação em que a família morava era totalmente subumana.
A criança pode ser encaminhada para a avó materna que mora no Maranhão.
Outro filho
O casal tem outro filho de 1 anos e 4 meses, que atualmente mora com a avó materna em Codó, desde o ano passado, já que o casal não tinha como sustentar o filho e a mãe já estaria grávida.
Os pais são desempregados e uma testemunha relatou à delegada que a mãe pede comida e água constantemente na rua onde mora.
O Imparcial