Deputado do PSL não sabe dizer se acertou autor da emboscada
Policial
Publicado em 18/02/2020

"Atirei de cabeça baixa, em posição de defesa", diz Loester Trutis, que viu seu carro ser alvejado por cinco tiros no domingo, em Mato Grosso do Sul

O deputado federal do PSL, Loester Trutis, afirmou que o crime organizado de seu estado, o Mato Grosso do Sul, tentou matá-lo no domingo (16). No fim de semana, ele postou em seu Facebook a imagem de seu carro alvejado por cinco disparos.

Em outra postagem no Facebook, ele afirmou que segue os ensinamentos de seu pai, que dizia para ter fé e andar armado.

Trutis é presidente da Frente Parlamentar Armamentista da Câmara dos Deputados e reagiu aos disparos. Ele não sabe dizer se acertou algum dos ocupantes da caminhonete que emparelhou com seu automóvel na BR 060, antes das 7h, "há alguns quilômetros da cidade" de Campo Grande. Ele se dirigia ao município de Sidrolândia, também em Mato Grosso do Sul, onde faria um café da manhã com políticos locais.

 

"Eu disparei de cabeça baixa, em posição de defesa, atirando contra quem atirava na gente, não sei se acertei alguém". Em seu automóvel, estavam apenas ele e seu motorista, que não se feriram. Após ouvir o primeiro tiro, o parlamentar diz ter se jogado no chão do veículo, levantando-se em seguida para posicionar a arma na janela.

"Aqui no Estado política e crime organizado sempre se misturaram. Eles conseguem estar em todas as esferas do poder: vereadores, deputados estaduais, juiz, desembargador, quase fizeram um governador certa vez. Eu sou a pessoa que atrapalhou os planos deles em 2018. A minha eleição deixou o candidato do crime organizado de fora", afirmou, sem dizer o nome do político.

O deputado federal é praticante de tiro e diz ter posse e porte de armas autorizados. Ele prestou depoimento à Polícia Federal e acredita que logo se saberá quem foram os mandantes do atentado. "Mais detalhes não posso dar para não atrapalhar as investigações."

Apesar de dizer que está acostumado a ser ameaçado, ele só costumava utilizar seguranças quando passava pela fronteira entre Paraguai e Brasil. "Mas agora usarei o tempo todo", declarou. 

"Eu sempre recebo ameaças, de vereadores, de deputado estadual que o crime elegeu. Recebi ameaças recentemente de ex-integrantes da polícia", afirmou.

No PSL, Loester faz parte do grupo que se indispôs com o também deputado federal Eduardo Bolsonaro, quando o filho do presidente da República tentou ficar com a liderança do partido na Câmara. "Independentemente de onde eu estiver, apoiarei o plano de governo do presidente Bolsonaro, que é o combate à corrupção e as políticas do Sergio Moro, que tem meu apoio incondicional."

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