Testemunhas ouvidas pela polícia mexicana contaram que ouviram uma discussão
Vanessa Vargas Ribeiro, de 33 anos, foi assassinada na terça (04), na Cidade do México, capital do país. De acordo com a família e amigos, a modelo teria sido morta na madrugada do sábado (1º), mas o corpo foi encontrado três dias depois por amigos.
De acordo com a família, o principal suspeito é o empresário Eugênio Kuri, que a modelo mantinha um relacionamento. Na noite da sexta-feira (31), os dois saíram para jantar e seguiram para o apartamento dele, uma cobertura em um bairro nobre da cidade.
Testemunhas ouvidas pela polícia mexicana contaram que ouviram uma discussão, por volta das 5h e às 6h, ele teria jogado Vanessa pela varanda da cobertura. Eugênio está foragido.
Postagens nas redes sociais de Vanessa, enviadas pelo familiares e amigos à Marie Claire, mostram que a modelo estava feliz no jantar. Carina Tomazi, amiga da modelo, contou que o relacionamento estava em uma fase mais complicada e eles não vieram ao Brasil, como costumavam fazer anualmente. "Fazia um ano que não a via, ele tinha muito ciúmes dela". Segundo amigos, o empresário pediu que ela parasse de trabalhar como modelo e passou a sustentá-la.
Elvira Cristina, tia de Vanessa e advogada da família, contou que Vanessa conversava com a mãe diariamente e chegou a falar que iria jantar com o Eugênio naquele dia. "No sábado, tentou contato com ela e não conseguiu. Tentou falar com Eugênio e percebeu que estava bloqueada.
No México, a Vanessa tinha uma pessoa que trabalhava em sua casa e também estranhou que ela não estava lá, pois sempre chegava para cuidar do cachorro de estimação.
Ela tentou contato com Eugênio e também foi bloqueada, assim como foi bloqueada pelo segurança do empresário. Então, procurou os amigos da Vanessa que procuraram em delegacias, hospitais e necrotério".
Netucia de Souza Pires foi quem reconheceu o corpo da modelo no instituto médico legal. "Eu asissti aos vídeos que a polícia tem. Vi quando ele jogou o corpo dela, vi quando desceu para medir o pulso da Vanessa. Ele sobe ao apartamento, fica por quatro minutos e sai de carro. Ele ainda olhou para ela no chão e acelerou o carro".
"Estamos tentando uma repatriação. Como se trata de feminicídio, há uma possibilidade do México repatriar o corpo. O translado custaria R$ 10 mil, no mínimo, e a família é humilde", afirmou Elvira.
Vanessa era da cidade de Camaquã, no Rio Grande do Sul, e estava no México há cinco anos, onde morava em um apartamento na companhia de seu cachorro de estimação. Lá conheceu Eugênio Kuri, empresário do ramo de tecnologia e CEO e diretor da empresa AGS Nasoft.