Lia de Oliveira, de 45 anos, estava na casa de uma amiga, em Dois Unidos, quando aconteceu o desastre
Odeslizamento de uma barreira na zona norte de Recife, ocorrido na última terça-feira (24), resultou na morte de sete pessoas. Entre as vítimas fatais está uma maranhense de 45 anos, identificada como Lia de Oliveira, que trabalhava como autônoma e morava há 14 anos na cidade de Recife. Ela deixa três filhos: dois homens e uma mulher.
As outras vítimas do deslizamento foram: Daffyne Kauane, 9 anos, e sua avó Lucimar Alves, 50, e Cláudia Bezerra, 45 e Emanuel Henrique de França, 25, foram sepultados no Cemitério de Santo Amaro, no centro da cidade. Já a mulher de Emanuel, Érika Virgínia, 19, e seu filho, o pequeno Érick Júnior, foram sepultados no município de Palmares, na Zona da Mata Sul.
No momento do acidente, Lia estava junto com Cláudia, com quem tinha um relacionamento de oito anos. As duas foram passar o Natal na casa da amiga Lucimar, em Dois Unidos. Elas estavam dormindo juntas no sofá da casa no momento do desastre. O corpo das mulheres só foram encontrados no dia seguinte, às 11h48.
Segundo familiares, o corpo de Lia está vindo de carro do Recife para São Luís, chegará na noite de hoje (26), e será enterrado na manhã desta sexta-feira (27), no cemitério Parque da Saudade, no bairro Vinhais.
Equipes do governo de Pernambuco e especialistas técnicos estão investigando as causas do deslizamento de terra. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a suspeita de que o rompimento de tubulações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tenha provocado a tragédia.
Ontem (25) a prefeitura do Recife divulgou nota oficial esclarecendo que uma obra de contenção não teria evitado o deslizamento de barreira que causou a tragédia na madrugada da véspera de Natal. “As obras de contenção têm o objetivo de evitar deslizamentos causados pela chuva, quando a água vem de fora do terreno. O caso do deslizamento da terça-feira (24) é diferente, a água veio de dentro da barreira, uma obra de contenção não teria evitado o acidente. O local do deslizamento não era considerado de alto risco para acidente causado por chuva”, ressaltou a prefeitura.