Ignorância, maus tratos, falta de local adequado e até violência verbal com quem deveria ter atendimento prioritário foi constatado pelo vereador
No uso da tribuna na manhã desta quarta (06) o vereador Sargento Adelino (Solidariedade) denunciou revoltado o atendimento desrespeitoso e desumano de um funcionário de cartório que atende em um quiosque no hospital regional Materno infantil.
De acordo com o vereador existe um quiosque onde uma pessoa designada faz os registros das crianças que lá nascem. Os pais devem se dirigir a essa parte do hospital, mas o que chama atenção é o local e a forma como está sendo executado. “É desumano como estão sendo tratados os pais e principalmente as mães. Não tem sala adequada. O representante do cartório fica no ar condicionado fazendo o trabalho dele e tratando mal quem vai lá. Se alguém pergunta qual o documento que precisa ele aponta para o vidro e pergunta se pessoa é cega ou se não sabe ler. Ele trata as pessoas tão mal que já recebeu até ameaças”.
Adelino avisou que irá ao Fórum falar com o juiz responsável pelos cartórios, para que ele tome conhecimento dessa situação inadmissível e apresentou fotos de uma senhora em pé com uma criança no colo, amamentando e esperando a vez sem sequer ser respeitada a lei de prioridade para grávidas e mulheres amamentando. Aparecem também outros sentados em cima de capacetes e tijolos esperando.
“A segunda maior cidade do estado e sequer colocam cadeiras pra sentar, é desumano. Quem resolve deve tomar as providencias urgentemente. Primeiro tirar ou trocar esse atendente de lá e alterar essa forma de receber as pessoas. Mães com crianças no colo, amamentando, numa fila em pé, no calor enquanto o servidor fica no ar condicionado, tratando todo mundo mal”.
Fátima Avelino (MDB) comentou sobre os maus tratos ao cidadão comum e citou um senhor de idade que mora no recanto universitário e a procurou, relatando que já foi varias vezes e foi recebido com violência e ignorância. Questionou onde estão as agentes sociais para atender com prioridade as gestantes, pois a propaganda diz que “ganhou nenê, já sai com registro”, mas não é que está sendo visto. Dar de mamar em pé e ser vitima de violência verbal é inadmissível. “Se o cartório fez a parceria com o Regional quem vai cobrar e quem fiscaliza isso? Não estão fazendo favor, com certeza recebem para isso”.
Carlos Hermes (PCdoB) disse já ter entrado em contato com a diretora do Hospital que informou já ter notificado o cartório e que o fato de forma fila já demonstra que o atendimento é péssimo e não funciona como deve ser, pois são em media 20 pessoas por dia. Esclareceu também que irão colocar cadeiras e estão a disposição da Câmara para prestar esclarecimentos.
Sargento Adelino completou dizendo que existe um horário a seguir - de 8h às 12h e de 14h às 18h - mas que a pessoa que lá atende chega 9h, demora quase 30 minutos para ligar os computadores. Deu 11h desliga tudo e sai sem dar satisfação. A tarde volta 15h e sai às 17h agindo da mesma forma. “Não sei de quem se trata, mas quem está ali designado não sabe o significado da palavra SERVIDOR, que vem de servir e atender bem. Nem todo mundo sabe ler e é obrigação dele saber disso. É um funcionário e esta lá é para receber e atender da melhor forma possível às pessoas, ainda mais gente de baixa renda que já sofre com inúmeras dificuldades e perde até dois dias de serviço por conta desse tipo de conduta”, disse.
De acordo com ele as denuncias não param, são varias. E pelas informações o atendente faz isso há muito tempo.
Sidney Rodrigues - ASSIMP