O recurso vai ajudar em projetos e obras emergenciais de drenagem
*Do Brasil 61
Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, assinou o empenho do repasse
A cidade registrou 26 crateras, algumas com 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, caracterizando o fenômeno voçoroca, quando fendas desse tipo alcançam o lençol freático
Mais de 32 milhões de reais foram empenhados, nesta quarta-feira, 14 de agosto, para ações de defesa civil no município de Buriticupu, no Maranhão.
A cidade registrou 26 crateras, algumas com 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, caracterizando o fenômeno voçoroca, quando fendas desse tipo alcançam o lençol freático.
“A cidade ficou conhecida internacionalmente por conta das voçorocas, que atingiram nossa cidade. Um risco de desocupação em massa de vários bairros atingidos por 27 voçorocas. Hoje, temos o prazer, através do ministro Waldez e do presidente Lula, de assinar esse convênio de R$ 32 milhões, que vai trazer comodidade e segurança para quatro bairros da cidade”
O problema em Buriticupu
Localizada em uma região de terreno frágil, de grande altitude, e com histórico de falta de infraestrutura e planejamento urbano, a cidade de Buriticupu registra há 30 anos o crescimento de pelo menos 26 precipícios que ameaçam, atualmente, a vida de 55 mil moradores. Sete pessoas já morreram em acidentes envolvendo as voçorocas, segundo a associação de moradores.
Buriticupu fica no topo de uma região com cerca de 200 metros de altitude, cercada de vales. O solo da região tem presença predominante de areia, silte e argila, com pouca porosidade. E, com o avanço do desmatamento, o solo fica ainda mais suscetível ao surgimento das crateras.
Até julho passado, cerca de 70 casas já tinham sido engolidas pelos buracos e, sem obras de contenção, alguns chegam a 600 metros de extensão e 80 de profundidade.
A cidade, agora conhecida nacionalmente pelas gigantes crateras, recebe o nome do principal rio que a atravessa: o Rio Buriticupu.
Segundo moradores antigos, os indígenas Guajajara batizaram o manancial devido à abundância de buriti no leito e cupuaçu nas margens. Ou seja, uma junção dos dois nomes.
Fonte: Do Brasil 61