Confirmação foi dada pelo advogado Francisco Brasil Monteiro Filho
Reprodução / TV Liberal
Wladimir Costa já saiu da prisão e foi para casa
O ex-deputado Wladimir Costa foi solto no final da tarde desta quinta-feira (25/04), por volta das 17h. A informação foi confirmada por mensagem de voz pelo advogado Francisco Brasil Monteiro Filho, que estava ao lado de Wlad no momento da entrevista. Segundo o advogado, o ex-parlamentar já estava a caminho de casa, para ficar ao lado da família.
No momento em que deixou o presídio, Wlad parou para agradecer o apoio e solidariedade que recebeu.
No breve discurso, o ex-deputado destacou que a prisão não é motivo de vergonha para ele, e afirmou que deixa a unidade prisional "de cabeça erguida". "Eu não tenho palavras para agradecer a solidariedade, jamais imaginei que as solidariedades não viriam somente de Deus [...]. Pessoas que eu nunca vi na vida, mas que estavam orando pela nossa liberdade. Estamos saindo daqui de cabeça erguida. Não fomos presos por corrupção, roubo, agressão à mulher ou desrespeito às nossas instituições. Fomos porque somos de direita e defendemos uma ideologia, um país democrático e de direito a todos. Contra a discriminação das drogas, contra o aborto e a favor da inclusão social. Esta tornozeleira não me humilha. Isso, para mim, um cidadão filho de uma mulher negra, é um trófeu. Continuamos o nosso respeito às autoridades constituídas, continuamos o nosso respeito à sociedade brasileira e à Constituição Federal. Mas, a luta continua, por um país melhor com respeito e igualdade social [...] Recuar, jamais", declarou o ex-parlamentar.
A liminar com ordem de Habeas Corpus em favor do ex-deputado foi concedida pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário, do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará (TRE-PA).
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que recebeu o alvará de soltura às 11h49.
Fora da prisão, Wladimir Costa será monitorado via tornozeleira eletrônica. Ele também está proibido de manter contato, por qualquer meio, com a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB) e deve comparecer, mensalmente, ao juízo da 1ª Zona Eleitoral, em Belém, para informar e justificar suas atividades.
A decisão de liminar será analisada em breve pelo plenário do TRE do Pará, mas não há um prazo. Em relação às medidas cautelares, Francisco Brasil reafirmou que a defesa tentará reverter a decisão que proibiu Wladimir Costa de ter acesso às redes sociais, mantendo apenas a restrição que envolve Renilce.
“E fique, então, somente durante o trâmite do processo - ele não é condenado por absolutamente nada -, a proibição de falar da parlamentar, por enquanto. Porque a rede social, na sociedade que nós vivemos hoje, é uma praticamente uma extensão da pessoa, ele é um empresário próspero da nossa capital e vive da rede social, expõe a sua vida ali. Então, não tem justificativa para excluir ele definitivamente das redes. Vamos pleitear isso na justiça no momento apropriado”, disse o advogado.