Gabinete do Crime: delegado professor de direito, é preso pela Polícia Civil
Policial
Publicado em 18/04/2024

Ele seria líder de uma associação criminosa que envolvia a própria Polícia Civil, advogados e garimpeiros da região de Peixoto Azevedo (MT).

Por Victor Furtado

Geordan Fontenelle, além de ter sido delegado em Redenção, tentou a vida na política em Redenção e em Peixoto de Azevedo, e foi professor de Direito Processual e Penal

O delegado Geordan Fontenelle foi preso, na quarta-feira (17), em Peixoto de Azevedo (MT). Ele foi delegado de Polícia Civil em Redenção, no Sul do Pará, e também foi candidato a vereador pelo Podemos no mesmo município em 2020.

 

Ele foi um dos alvos da operação “Diaphtora”, da Polícia Civil do Mato Grosso, onde ele estava atuando. As investigações apontam que ele seria o suposto chefe de uma associação criminosa que envolvia advogados, garimpeiros e policiais.

 

As investigações começaram a partir de denúncias recebidas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Mato Grosso. As informações deram início à investigação, que identificou o suposto envolvimento do delegado num esquema de vantagens indevidas, advocacia administrativa e assessoramento de segurança privada. O esquema ganhou o apelido de “Gabinete do Crime” pela imprensa mato-grossense. Geordan está em estágio probatório na PCMT após ser nomeado em 2021.

 

No esquema investigado pela Polícia Civil do Mato Grosso, o delegado Geordan e um investigador são suspeitos de solicitar pagamentos para liberação de bens apreendidos; de “diárias” para hospedar presos no alojamento da delegacia; e de cobrar pagamentos mensais para decidir sobre procedimentos criminais instaurados na delegacia de Peixoto de Azevedo.

 

Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares.

Geordan ostentava uma vida de luxo e com várias viagens internacionais e bens nas redes sociais (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Nas redes sociais, Geordan ostentava uma vida de luxo, com viagens a outros países e bens diversos, além de mostrar o cotidiano do ofício policial. Ele já atuou na Polícia Civil de Goiás, na Polícia Civil do Distrito Federal e também foi professor de Direito Processual e Penal.

 

Enquanto candidato a vereador, se autointitulava “Delegado do Povo”. Também tentou ser vereador por Peixoto de Azevedo, mas não foi eleito, assim como em Redenção.

 

A reportagem respeita o princípio da presunção de inocência e sempre abre espaço para a defesa dos mencionados — se os advogados ou envolvidos acharem conveniente —, garantindo amplo direito ao contraditório.

Fonte: Fato Regional, com informações da PCMT

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