Dennis Tavares/SSP)

Grupo criado tem quatro meses para concluir estudo. Sindicato e autoridade buscam solução para suprir déficit de policiais civis, delegados e peritos

Uma comissão foi instituída para avaliar a viabilidade do concurso da Polícia Civil do Tocantins. O grupo tem o prazo de quatro meses (120 dias) para concluir o estudo que vai analisar aspectos financeiros e orçamentários relacionados à realização do certame.

A intenção é ofertar vagas para os cargos de policiais civis, delegados e peritos. A criação do grupo foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (25), por meio da portaria conjunta n° 02/2024 da Secretaria de Administração (Secad) e Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Os sindicatos estimaram um déficit de 1.250 servidores e 270 delegados na Polícia Civil do Tocantins. O cenário levou, em outubro do ano passado, o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público (MP) a instaurar um procedimento administrativo para apurar a falta de servidores na corporação.

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO), o governador deu aval para cumprir "a necessidade da reposição de policiais". A informação teria sido confirmada durante uma reunião realizada na terça-feira (26).

O secretário da SSP, Wlademir Mota Oliveira, comentou, por meio da assessoria, que o concurso é "bastante aguardado pela própria corporação" devido a "necessidade de repor os quadros e de melhor atender a população".

Para o Sinpol, o quantitativo estimado apresentado é insuficiente.

"Não irá suprir a necessidade, sequer, de recomposição do quadro atual, considerando o efetivo que foi aposentado ou está perto de aposentar". “ "Aumentar o nosso efetivo é uma ferramenta para garantir a segurança da população". 

Além disso, ressaltou o aumento da demanda sobre a Polícia Civil, em vista do crescimento do efetivo da Polícia Militar. O sindicato afirmou a intenção de dialogar com o governo para ampliar as vagas pretendidas.