Fuga aconteceu no dia 2 de outubro de 2018 (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Fonte: Jornal do Tocantins
Penas podem chegar a mais de 70 anos de prisão por organização criminosa, roubo, sequestro, furto, tentativas de homicídio e latrocínio e disparo e porte de arma de fogo
O Tribunal do Júri condenou 15 réus nesta sexta-feira, 22, envolvidos na fuga em massa do presídio Barra da Grota, em Araguaína. As condenações, que chegam a mais de 70 anos de prisão, são por organização criminosa, evasão mediante violência contra a pessoa, roubo, sequestro, tentativa de homicídio e latrocínio, furto, disparo e porte de arma de fogo.
Conforme divulgado pelo Ministério Público, o julgamento, que durou 12 dias, ouviu 59 pessoas, 35 testemunhas, nove vítimas e os réus. Para o tribunal, "os detentos agiram de forma conjunta, sendo todos autores da série de crimes cometidos durante a fuga".
O MP considera que esta fuga em massa de presidiários, ocorrida em 2018, é a maior já ocorrida no Tocantins, paralela a sessão do júri, que também foi uma das mais longas no Tocantins devido à complexidade do caso.
Conforme já divulgado, outros quatro réus envolvidos foram condenados em outubro do ano passado.
Os 15 réus são:
1 - Breno Raylan da Silva Rodrigues
2 - Carlos Daniel da Silva Santos
3 - Daniel Felipe Soares
4- Denílson Monteiro do Nascimento
5 - Hélio Araújo Barros
6 - João Marcelo Pereira Borja
7 - Júnior Pereira de Sousa
8 - Lázaro Carneiro Gonçalves
9 - Marcelo de Araújo Ferreira
10 - Marcos Pablo Soares de Carvalho
11 - Maurício Pereira da Silva
12 - Thalison Ribeiro Coelho
13 - Thiago Borges de Araújo
14 - Werlison da Silva Martins
15 - Welley Hernandes do Carmo
Relembre o caso
No dia 2 de outubro de 2018, uma rebelião seguida de fuga foi registrada no presídio Barra da Grota, em que 28 detentos fugiram por um buraco feito em uma cela e conseguiram sair pela porta da frente da Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota.
Durante a fuga, os detentos utilizaram pistolas, uma espingarda calibre 12 e facas artesanais e fizeram cinco pessoas de reféns, dentre as vítimas uma professora, três técnicos de defesa social e um técnico administrativo.
Ao conseguirem sair da unidade penal em direção à rodovia TO-222, os fugitivos cruzaram com uma viatura da Polícia Militar, posicionada para bloquear a estrada. Eles se aproximaram da viatura, atentando contra a vida dos policiais com disparos de arma de fogo, e conseguiram pegar mais duas armas de fogo e munição durante o confronto.
Em seguida, os detentos seguiram em direção a um matagal, onde se dispersaram. Os reféns foram mantidos sob seu domínio por cerca de 30 horas, sendo que um deles foi ferido pela pressão da faca artesanal e precisou de atendimento hospitalar.
O homem apontado como líder do grupo, Valdemir Gomes de Lima, conhecido como “Caranguejo”, e mais 8 fugitivos morreram em confronto com os policiais. Os demais fugitivos foram recapturados em ocasiões diferentes, tendo respondido, presos, ao processo movido pelo Ministério Público.