Acontece neste sábado (9) em Marabá no sudeste do Pará, o I Encontro de Mulheridades do Carimbó
Autor: DOL Carajás
Grupos de Marabá, Canaã dos Carajás e Parauapebas se apresentam no evento
Quem é paraense genuíno, não sabe ficar parado ao ver uma roda de carimbó, dança típica do estado. Este ritmo e dança indígena, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se, recebendo influências, principalmente da cultura negra e é muito popular no estado, e no Brasil.
Os bailarinos dançam em pares, com coreografia típica, e os instrumentos, geralmente tocados por homens. Mas as mulheres também participam e em Marabá no sudeste paraense, elas serão protagonistas.
Acontece na cidade o “I Encontro de Mulheridades do Carimbó”, que será realizado neste sábado, 9 de dezembro a partir das 9h da manhã, no Tapiri da Universide Federal do Sul e Sudeste Paraense (Unifesspa) Campus I (Folha 31 – Nova Marabá).
Para a realização do evento são parceiros: a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) através do Programa de Ensino e Extensão Germine Coletivas Femininas do Núcleo de Arteducação da Faculdade de Educação e Pró-Reitoria de Extensão (Proex); e pessoas voluntarias.
Os grupos de carimbó que irão participar são de diversas cidades da região, como Grupo de Tradição Popular Mayrabá (de Marabá), Grupo Girassóis Encantos do Pará, (de Canaã dos Carajás) e Coletivos Jamburanas, RaizesParauaras e Carimbozeiras (de Parauapebas).
O evento destinado às mulheres cis (que se identificam como mulher), trans, e neutras e pessoas não-binárias. A professora Marizete Fonseca da Silva coordenadora evento faz um breve histórico do movimento.
Segundo ela, o encontro começou em julho de 2023, a partir de situações desafiantes vividas no carimbó, por ser mulher. “Foi criado um grupo no WhatsApp e encaminhado a realização de um primeiro fórum de mulheridades e diversidades que aconteceu em outubro”, disse. “Dialogamos sobre o fazer-se mestra. Agora vai acontecer o evento, e sonhamos em realizarmos um encontro estadual em maio de 2024”, contou.
Para uma das colaboradoras, a agrônoma Lélia Barbosa Jorge, “a pretensão da ação é cantar, dançar e tocar o carimbó a partir das mulheres em um processo de resistência e construção de identidade e cultura. Nesse encontro somos todas carimbozeiras. Não importa se é professora, agrônoma ou agricultora”, salientou.