Crime ocorreu em Araguaína, região norte do estado (Foto: Marcos Sandes/ Prefeitura de Araguaína)
Ação criminal acusa o policial militar do Tocantins Rafael Lima Neto de ter tentado atropelar e atirar contra Edvan Gomes e o filho dele Deyvit Gomes após a vitória de Lula nas eleições de 2022
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) denunciou o policial militar da PMTO Rafael Lima Neto, de 59 anos, por tentativa de homicídio contra Edivan Gomes, 42 anos,e o filho dele, Deyvit Mikelby da Silva Gomes, de 20 anos. O crime teria sido motivado por rixa política, no dia do segundo turno das eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo órgão ministerial nesta terça-feira, 16.
De acordo com a denúncia do Ministério Púbilco, as vítimas trafegavam por uma rodovia de Araguaína, em uma moto, com uma bandeira do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amarrada nas costas. O policial dirigia uma caminhonete com adesivo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tentou atropelar os dois.
As vítimas chegaram a cair do veículo, mas se levantaram e seguiram pela rodovia, no setor Costa Esmeralda. Segundo a denúncia, os dois foram perseguidas. Deyvit Mikelby chegou a descer da moto, pegou um pedaço de pau e arremessou na caminhonete e quebrou o vidro traseiro direito do veículo . O policial sacou a arma e atirou nas vítimas, que abandonaram a moto e entraram no matagal. Deyvit Mikelby da Silva Gomes levou um tiro no lado direito do pescoço e e clavícula direita, mas sobreviveu.
Na denúncia, o promotor de justiça Daniel José de Oliveira Almeida, requer que Rafael responda por tentativas de homicídios qualificado, praticado por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O orgão afirma que deve haver outra ação penal contra o policial. Segundo o órgão, Rafael Neto "de forma livre, voluntária e consciente, inovou artificiosamente o estado de lugar de coisa, com o fim de esconder os vestígios dos crimes de tentativas de homicídio e induzir juiz ou perito a erro". Segundo o órgão ministerial, Rafael Neto colocou a moto na carroceria da caminhonete e a abandonou no dia seguinte em um local afastado para esconder vestígios.
O órgão afima que uma testemunha que viu o crime sofreu coação do policial, que portava arma de fogo e disse para a testemunha: “Não filma nada não, não liga para a polícia não (sic)".
A reportagem telefonou e acionou o policial pelo whatsapp, mas ele não comentou a denúncia.
Fonte: Jornal do Tocantins