A Força Aérea Brasileira (FAB) deslocou seus meios aéreos, de diversas localidades do país, para a ALA 1 – Base Aérea de Brasília, ALA 11 – Base Aérea do Galeão e ALA 12 – Base Aérea de Santa Cruz, com o objetivo de promover a ampliação da capacidade de pronta-resposta em atendimento às demandas do Ministério da Defesa nas ações logísticas de enfrentamento à COVID-19.
As aeronaves permanecerão de sobreaviso para o transporte de material a ser empregado no combate ao surto do novo coronavírus, tendo sido posicionadas na capital do país e no Rio de Janeiro, importantes centros logísticos de distribuição.
As aeronaves da FAB foram deslocadas de diversas regiões do país. No total, foram acionados cinco C-95 Bandeirante, cinco C-98 Caravan e dois C-105 Amazonas. Além dos meios aéreos deslocados, a mobilização conta, ainda, com aeronaves orgânicas da ALA 1, ALA 11 e ALA 12, incluindo os aviões C-130 Hércules, C-99 e C-97 Brasília.
Uma aeronave VC-99, pertencente ao Grupo de Transporte Especial (GTE), também foi disponibilizada para a Operação, tendo sido adaptada para transportar 4.000 kg de carga.
O Comandante da aeronave C-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, Capitão Aviador Luiz Gustavo Torresan, comentou sobre o significado de participar da missão.
“É muito importante, principalmente para nós do 2°/10° GAV, que temos a missão de salvar vidas. Levar um pouco de alívio para as pessoas que estão com dificuldades em diversas partes do Brasil, é extremamente gratificante”, ressaltou.
Para o Suboficial Wagner Brizola, loadmaster da ação realizada pelo Esquadrão Pelicano, é uma satisfação integrar a Força Aérea Brasileira. “E muito mais agora com esta missão humanitária. É uma realização completa de qualquer militar da FAB”, declarou.
Do Quinto Esquadrão de Transporte Aéreo (5º ETA) – Esquadrão Pégaso, duas aeronaves C-95 Bandeirante decolaram de Canoas (RS) com destino à Base Aérea do Galeão (RJ), e uma C-98 saiu de Canoas (RS) até Brasília (DF). Para o Tenente Aviador Eduardo Oliveira Travessas, piloto de Bandeirante do 5° ETA, “essa é uma grande oportunidade como tripulante e como militar de contribuir no combate ao novo coronavírus”, afirmou.
O Segundo Esquadrão de Transporte Aéreo (2º ETA) – Esquadrão Pastor, da Ala 10, localizado em Parnamirim (RN), enviou três aeronaves para dar apoio à missão. Dois C-98 Caravan decolaram pela manhã do aeródromo de Natal e um do aeródromo de Recife com destino a Brasília.
O Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), sediado na Ala 9, em Belém (PA), também deu apoio à Operação COVID-19, com duas aeronaves: C-95 e C-98. Ambas decolaram com destino à capital federal neste domingo.
O Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1º/15º GAV) – Esquadrão Onça, também integra a missão. Um C-105 e um C-98 partiram de Campo Grande (MS) para a entrega de materiais em Brasília (DF).
OPERAÇÃO COVID-19
A Operação COVID-19 é uma ação interministerial, coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) junto ao Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, em apoio ao Ministério da Saúde.
Na sexta-feira (03/04), uma aeronave C-130 Hércules do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – realizou Transporte Aéreo Logístico de material de saúde e outros itens, da Ala 11 – Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, até a Ala 8 – Base Aérea de Manaus, no Amazonas.
Na quarta-feira (1º/04), outro C-130 do 1º/1º GT – Esquadrão Gordo – prestou apoio no transporte de 9,6 toneladas de álcool em gel e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de Guarulhos (SP) para Recife (PE).
Duas aeronaves C-130 Hércules da FAB, ainda, decolaram do Rio de Janeiro (RJ) e de Belém (PA), no dia 24 de março, na missão de resgate de cidadãos brasileiros que se encontravam em Cuzco, no Peru, impedidos de regressarem ao Brasil em razão do fechamento das fronteiras, como mecanismo de combate ao novo Coronavírus.
O Apoio Aéreo Logístico é uma das muitas ações realizadas pelo Ministério da Defesa no contexto da Operação Covid-19. Militares das Forças Armadas também estão envolvidos em campanhas de conscientização e vacinação e descontaminação de locais públicos.
Os militares ainda atuam apoiando órgãos de saúde com a montagem de postos de triagem; fiscalização da entrada e saída de passageiros nas fronteiras, nos aeroportos e nos portos; confecção e distribuição de máscaras; além de inspeções navais em todo o território nacional.