Mpox: confira atualização epidemiológica e recomendações de saúde pública
Política
Publicado em 02/01/2025

Até 9 de dezembro de 2024, a região africana reportou 62.789 casos de mpox

Por Narciso Barone

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que tem apresentado surtos significativos nos últimos anos. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo (RDC) declarou um surto nacional da doença, atribuído à cepa 1 do vírus mpox, endêmica no país.

 

Desde setembro de 2023, o surto, inicialmente restrito à província de Kivu do Sul, expandiu-se para outras regiões, coincidindo com a identificação de uma nova variante, a cepa 1b, associada a um aumento significativo de casos.

 

Situação internacional

Até 9 de dezembro de 2024, a região africana reportou 62.789 casos de mpox, com 13.848 confirmações laboratoriais e 1.204 óbitos. Vinte países africanos notificaram casos, destacando-se a República Democrática do Congo com 10.158 casos confirmados e 1.189 óbitos.

 

Além disso, países fora do continente africano, como Reino Unido, Suécia, Tailândia, Índia, Alemanha, Estados Unidos e Canadá, registraram casos importados da cepa 1b, com transmissão secundária observada no Reino Unido.

 

Situação no Brasil

No Brasil, em 2024, foram notificados 1.876 casos de mpox, sendo 1.876 confirmados e 187 prováveis. As unidades federativas com maior número de casos foram São Paulo (998 casos), Rio de Janeiro (335 casos), Minas Gerais (79 casos) e Bahia (62 casos).

 

O Amapá foi a única unidade que não registrou casos confirmados ou prováveis no período. Observou-se uma redução sustentada de casos desde a semana epidemiológica 34 de 2022, com uma média móvel de casos confirmados e prováveis inferior a 10 casos por semana em 2024.

 

Recomendações de saúde pública

Diante do cenário atual, é fundamental que a população mantenha medidas preventivas para conter a disseminação da mpox:

 

Higiene pessoal: lavar as mãos regularmente com água e sabão ou utilizar álcool em gel.

 

Evitar contato próximo: abster-se de contato físico próximo com indivíduos que apresentem lesões cutâneas suspeitas.

 

Uso de equipamentos de proteção: profissionais de saúde devem utilizar equipamentos de proteção individual ao atender casos suspeitos ou confirmados.

 

Notificação de casos: sintomas como febre, erupções cutâneas ou linfonodos inchados devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde.

 

A mpox continua sendo uma preocupação de saúde pública global. A disseminação da cepa 1b e o aumento de casos em diversas regiões reforçam a necessidade de vigilância contínua, adesão às medidas preventivas e colaboração internacional para controlar a propagação do vírus.

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