Santa Catarina: Em apenas um ano e dois meses 18 prefeitos foram presos por corrupção
Policial
Publicado em 27/01/2024

Denominada “Operação Limpeza Urbana”, essa ação é um desdobramento da “Operação Mensageiro”, deflagrada em dezembro de 2022

 

Por Isabel Cardoso 

 

Uma ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público de Santa Catarina, ocorrida nesta sexta-feira, 26, resultou na prisão do prefeito Ari Bagúio (PL), gestor do município de Ponte Alta do Norte, município com uma população de 3,2 mil habitantes localizado na região do Meio-Oeste catarinense. 

 

A prisão de Ari Bagúio é a segunda detenção de prefeitos no estado nos últimos três dias e a 18ª ocorrida em um período de um ano e dois meses. Todas essas prisões estão relacionadas a investigações que apuram casos de corrupção e fraudes em licitações.

 

Denominada "Operação Limpeza Urbana", essa ação é um desdobramento da "Operação Mensageiro", deflagrada em dezembro de 2022. A Operação Mensageiro teve como foco um suposto esquema de corrupção envolvendo a contratação de serviços de limpeza urbana em diversas cidades do estado. Há 14 meses, outras 16 prisões de prefeitos foram realizadas em decorrência desse mesmo esquema.

 

O prefeito Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha, é o único da lista que não está vinculado ao mesmo grupo, tendo sido preso na última quarta-feira em uma operação separada do Gaeco, que investiga corrupção relacionada ao desvio de recursos públicos para a fazer uma ponte na cidade.

 

Na "Operação Limpeza Urbana", o Gaeco está investiga crimes como associação criminosa, corrupção passiva e concussão, alegadamente cometidos por agentes políticos. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).

 

As investigações apontam que o esquema operava com agentes públicos direcionando potenciais prestadores de serviços de limpeza urbana para contratar escritórios de contabilidade determinados previamente. Isso incluía o pagamento ilícito de 10% dos valores recebidos do município. Assim, parte do recurso destinado ao pagamento dos contratados para realizar a limpeza urbana retornava às mãos dos agentes investigados.

 

Confira os nomes dos prefeitos presos

Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte

Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha

Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva

Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul

Antônio Ceron (PSD), de Lages

Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo

Marlon Neuber (PL), de Itapoá

Joares Ponticelli (PP), de Tubarão

Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá

Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava

Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba

Adriano Poffo (MDB), de Ibirama

Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira

Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí

Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras

Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim

Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo

Felipe Voigt (MDB), de Schroeder.

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