INVESTIGAÇÕES: Lula ignora ações da Polícia Federal e mantém Ministro Juscelino Filho
Política
Publicado em 04/09/2023

 

Juscelino Filho passa por investigações da PF (Foto: Reprodução/Em tempo)

 

O ministro da Justiça, Flávio Dino, tem abastecido o presidente com informações sobre a investigação

 

Por: Correio Braziliense

Envolto em uma negociação de abertura de espaço para o Centrão na Esplanada dos Ministérios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o momento, tem ignorado as acusações que cercam o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

 

Não está no radar do presidente “fritar” o ministro, mesmo após a operação da Polícia Federal da última sexta-feira (1º), que alcançou em cheio seu auxiliar.

 

Juscelino teve seus bens bloqueados pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele e outros novos suspeitos. A irmã do ministro, a prefeita Luanna Resende, de Vitorino Freire, foi afastada do cargo.

 

 

A investigação da PF trata de emendas do ministro, quando estava no seu mandato, na Câmara. Ele é deputado federal pelo União Brasil, reeleito pelo Maranhão. Recursos dessas emendas de Juscelino financiaram obras da empresa Contruservice, contratada pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), concluiu a investigação. Barroso negou pedido da PF de busca e apreensão contra o ministro.

 

Este não é o primeiro episódio negativo que o ministro protagoniza no governo. Ele já foi alvo da acusação de usar avião da FAB para compromissos particulares em São Paulo, onde participou de um leilão de cavalo. Lula o segurou no cargo, após pressão do Centrão e de seu partido. O presidente não o conhecia até anunciá-lo como ministro das Comunicações, ainda na transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), no fim de dezembro, e precisou ler seu nome num papel.

 

Lula está decidido a não demitir Juscelino, o que não significa que não esteja acompanhando o caso. O ministro da Justiça, Flávio Dino, tem abastecido o presidente com informações sobre a investigação.

 

* Com informações do Correio Braziliense

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