Antes de ser carbonizada, professora chorou implorando para não a matarem
Policial
Publicado em 17/08/2023

O homem auxiliou no sequestro e na morte de Vitória ao lado da irmã Paula Custódio Vasconcelos e da sobrinha, de 14 anos, ex-namorada da professora

Rio de Janeiro (O Dia)

 

Na sexta-feira (11), o corpo carbonizado da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi descoberto. Ela havia chorado e afirmado repetidamente estar obedecendo aos agressores, enquanto suplicava para que não lhe causassem nenhum mal. Edson Alves Viana Junior, o terceiro suspeito ligado ao crime, revelou esses detalhes à Polícia Civil durante um interrogatório realizado na tarde desta quarta-feira (16). Junto com sua irmã, Paula Custódio Vasconcelos, e sua sobrinha de 14 anos, ex-namorada da professora, o homem foi envolvido no sequestro e assassinato de Vitória. 

 

No dia 10 de agosto, Paula dirigiu-se à escola onde Vitória exercia sua atividade profissional, com o intuito de indagar sobre os motivos que levaram à sua exclusão dos perfis online da professora. Além disso, ela buscava esclarecimentos mais abrangentes acerca do término entre Vitória e sua filha. Após aproximadamente 15 minutos de conversa, ambas acordaram, seguindo a insistência de Paula, em se encontrarem na residência da mulher, situada em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

Edson acompanhou sua irmã até a escola e, posteriormente, retornou com ela à residência, onde aguardaram a chegada de Vitória. A professora chegou por volta das 21h daquela data. Durante seu depoimento às autoridades policiais, Edson relatou que Paula estava determinada a assassinar Vitória, evidenciando uma premeditação do crime anterior à chegada da vítima. 

 

Assim que Vitória entrou na casa, Paula a teria imobilizado e, com a ajuda de Edson e da filha, amarrou a professora com fitas adesivas em uma cadeira. Ali, iniciaram as extorsões. À polícia, o suspeito disse que: “Vitória, chorando a todo tempo, dizia que iria dar o que eles quisessem, que não era para fazer nada de mal a ela”. 

 

Apesar da colaboração da professora durante o período de sequestro e nas situações de extorsão, os suspeitos eventualmente optaram por enforcá-la utilizando uma corda. Em seguida, colocaram o corpo dela em uma mala e a incendiaram. Conforme o laudo cadavérico, a causa do falecimento de Vitória foi a inalação de fumaça, resultando na carbonização de seu corpo.

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