Médico assassinado usava a aparência física para aplicar golpes financeiros
Policial
Publicado em 12/08/2023

Gabriel Rossi foi encontrado morto com os pés e mãos amarrados dentro de uma casa alugada

 

Por Saymon Lima

 

O médico Gabriel Paschoal Rossi, encontrado morto com os pés e mãos amarrados, usava a sua aparência para aplicar golpes financeiros. Isso porque ele pertencia a um grupo de estelionato e, por ser ‘branco, alto, musculoso e de olhos claros e loiros’, conseguia conquistar as vítimas. Ele foi assassinado por membros do seu próprio nicho criminoso por cobrar uma dívida de R$ 500 mil deles, de acordo com a Polícia Civil.

 

 

Conforme as informações, Gabriel fazia parte de uma organização criminosa que aplicava golpes com documentos de pessoas mortas, ou seja, ele clonava cartões de crédito e sacava dinheiro de benefícios em contas correntes das vítimas. Além de estelionatário, há hipóteses de que o médico também teria envolvimento no tráfico de drogas.

 

O delegado responsável pelo caso, Erasmo Cubas, detalhou a participação do médico na organização criminosa. De acordo com o agente, Gabriel era responsável pelo último passo do golpe. Ele sacava o dinheiro das vítimas mortas e dos cartões clonados.

 

"Gabriel era a ponta do golpe. O médico utilizava da aparência e da beleza dele para aplicar o golpe. A vítima participava da ponta do esquema golpista", detalha o delegado.

Além de estelionatário, médico assassinado teria envolvimento com o tráfico | Foto: Reprodução

Além de estelionatário, médico assassinado teria envolvimento com o tráfico

De acordo com a polícia, a responsável por orquestrar o crime, Bruna Nathalia de Paiva, contratou Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana por R$ 150 mil para eles matarem o médico que cobrava uma dívida de R$ 500 mil dela. Todos foram presos na última segunda-feira (7).

 

A mulher ficou em uma casa alugada por apenas um dia enquanto Keven e Guilherme torturavam Gabriel. Antes do crime, segundo a polícia, eles viajaram de Minas Gerais até o município fronteiriço Ponta Porã (MS), onde compraram objetos que seriam utilizados na tortura, e depois seguiram até Dourados. 

 

Meio Norte

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