Atentado em Brasília: PF apreende armas em Marabá, na casa de suposto financiador de ataque
Policial
Publicado em 06/07/2023

 

Ricardo Guimarães de Queiroz, presidente do Sindicato Rural de Marabá (PA), foi levado à sede da PF em Marabá porque os agentes encontraram duas armas de fogo na casa dele 

 

 

Tay Marquioro/O Liberal

Apontado, nas investigações, como suposto financiador do atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, o presidente do Sindicato Rural de Marabá (PA), Ricardo Guimarães de Queiroz foi conduzido ao prédio da Polícia Federal em Marabá. Natural de Minas Gerais, ele foi vice-prefeito em Itupiranga, no Pará, em 2016, pelo PRB, e responde a inquérito por bloqueio de rodovias no Pará.

 

Na residência dele foram encontradas armas. Por isso ele foi para a Polícia Federal para prestar esclarecimento sobre as armas. Após as formalidades legais, ele deixou o prédio da PF.

 

Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação que que investiga supostos financiadores da tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. Os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão no Pará, Mato Grosso e no Distrito Federal.

 

As investigações se referem também a outros dois episódios: o de 2 e 8 de dezembro de 2022, quando várias pessoas invadiram a área de acesso restrito e locais próximos ao aeroporto da capital, causando uma série de transtornos a segurança aérea e ao serviço do terminal.

  

Polícia Civil do Pará e DF deflagram operação para investigar atentado a bomba em Brasília

Na Polícia Federal em Marabá, os agentes deram apoio ao cumprimento do mandado de busca e apreensão, e confirmaram o flagrante de posse ilegal de arma de fogo na residência do investigado. Ainda de acordo com os agentes, a apreensão de duas armas de fogo sem o registro de posse foi o motivo do produtor rural ter sido levado à sede da PF para prestar esclarecimentos.

 

 

Os alvos são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo e crime de atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública.

 

A Polícia Militar do Distrito Federal detonou o explosivo após o artefato ser encontrado pelo motorista do caminhão-tanque, no dia 24 de dezembro de 2022. O motorista não soube dizer quem havia deixado o material ali e a polícia descartou a participação dele no caso. A tentativa de explosão não impactou as operações no Aeroporto JK.

 

No mesmo dia, George Washington de Oliveira Sousa foi preso pela polícia por suposto envolvimento no caso. Ele veio do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorriam em frente ao quartel-general do Exército.

 

O homem foi localizado e preso em um apartamento na região do Sudoeste e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. Com ele, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.

 

À época, George Washington disse que "queria dar início ao caos". Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira estão presos pela tentativa de atentado. George Washington foi condenado pelo crime a 9 anos e 4 anos meses de prisão. Alan Diego dos Santos Rodrigues também foi condenado.

 

Alan confessou à Polícia Civil que recebeu a bomba colocada no caminhão-tanque no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. Ele também afirmou ter colocado o explosivo no caminhão pessoalmente, e disse que estava acompanhado por Wellington Macedo de Souza – que está foragido.

 

(Com informações de Tay Marquioro, correspondente de O Liberal em Marabá)

 

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