ARAGUATINS: Preso preventivamente pai suspeito de estuprar e engravidar uma filha de 13 anos
Policial
Publicado em 05/05/2023

Foto acima meramente ilustrativa

Vítima denunciou o pai ao conselho tutelar e revelou que ele a obrigou a mentir sobre a paternidade do filho e a doar a criança depois do nascimento

Policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) de Araguatins cumpriram uma determinação judicial e prenderam preventivamente, um autônomo de 41 anos, acusado de estupro de vulnerável cometido contra a própria filha, então com 13 anos de idade.

 

Conforme o processo original, o autônomo tinha seis filhos então com 13, 11, 8, 7, 6 e 4, anos, dos quais, quatro eram meninas e dois meninos, e ele passou a abusar da filha de 13 anos após a mãe dela falecer.

 

O caso só foi revelado por uma ação da própria vítima após atuação do Conselho Tutelar local. O pai procurou o colegiado para revelar que a filha, então com 14 anos, havia saído para a festa de réveillon e ingerido bebidas. Ao procurar a menina, ouviram dela: "você não sabe o que esse homem faz comigo".

 

Segundo o relato da vítima, depois que a mãe faleceu, uma noite ela dormia no quarto com os irmãos. O pai chegou, deitou-se ao lado, ela tentou se levantar, mas o pai a segurou com força e lhe tapou a boca. Depois, lhe tirou a roupa e manteve relação sexual com a filha pela primeira vez em 2018, dois anos após o falecimento da esposa.

 

Os abusos sexuais passaram a ser diários, sempre durante a noite, quando os irmãos estavam dormindo, conforme o relato da vítima, que deu origem ao processo penal contra o pai.

 

Tempos dopois, teve vômitos e a menstruação cessou.

 

Uma tia da vítima a levou ao posto de saúde, onde a equipe constatou a gravidez. Segundo o registro, a filha disse que apanhou do pai quando informou a gravidez, com pedaço de corda e era xingada "de vagabunda, desgraça e besta fera". Ela também disse ter sido ameaçada de morte diariamente caso revelasse que tinha engravidado do pai.

 

Para esconder a paternidade, ela disse que o pai a obrigou a mentir para médicos e conselheiros tutelares; que o pai da criança era um homem da cidade de Porto Franco, no Maranhão. Ela teve a criança por parto normal no Hospital Regional de Imperatriz (MA).

 

Após o nascimento do filho, ela doou a criança para uma moradora de Sítio Novo, que a acolheu após o parto, mas que o filho está registrado como filho dela e ela o visita quando pode.

 

A filha reclamou que o pai ainda tentou abusar dela, e que é uma pessoa muito violenta e agride constantemente todos os filhos, por qualquer coisa que façam, até mesmo quando brincam dentro da casa, são agredidos com corda e socos.

 

O mandado de prisão em aberto tinha validade até 1º de janeiro de 2043, expedido pela juíza Nely Alves da Cruz, da 1ª Vara Criminal de Araguatins, e nesta quinta-feira (4) o homem foi levado para a cadeia pública da cidade. 

 

Fonte: Jornal do Tocantins

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