Indígena transexual de 21 anos continua internada em um hospital de Imperatriz
O indígena preso também é investigado por transfobia
(Reprodução / Redes Sociais)
A Polícia Civil de Grajaú prendeu, nesta quarta-feira (26), o indígena suspeito de tentar matar e estuprar uma indígena transexual em Grajaú, há uma semana. O suspeito, que é morador da aldeia Cajá, na terra indígena Morro Branco, foi preso em uma aldeia do município de Arame, onde se escondeu após o crime.
Depois de passar por exames de corpo de delito, o indígena foi encaminhado para a delegacia de Grajaú, onde está preso e deve prestar depoimento. O suspeito deve responder por tentativa de homicídio e transfobia.
A indígena de 21 anos segue internada no Hospital Municipal de Imperatriz e aguarda uma cirurgia no rosto, que ficou desfigurado com as agressões a pauladas. Por causa das condições de saúde, ela ainda não foi ouvida formalmente pela polícia. A direção do hospital informou que a indígena realizou exames, mas aguarda melhores condições clínicas para a cirurgia.
O delegado Alexandre Portela ouviu testemunhas que relataram que os dois se divertiam durante a madrugada numa festa em comemoração ao dia dos povos indígenas (19 de abril), na aldeia Formigueiro, e na manhã do dia seguinte, moradores da aldeia ouviram gritos e presenciaram as agressões. A hipótese de estupro ainda não está descartada, mas deve ser esclarecida durante o inquérito.