Ex-secretário empresta roçadeira municipal para amigo, máquina some e são denunciados por peculato
Policial
Publicado em 23/02/2023

Em 2020, ex-gestor da saúde de Maurilândia, Raimundo Bezerra emprestou a roçadeira STIHL FS 220 da prefeitura para Lourival Soares usar na chácara da sogra, onde foi furtada

 

O Ministério Público (MP) apresentou denúncia contra o ex-secretário municipal da saúde de Maurilândia Raimundo Bezerra de Morais e Lourival Soares Bezerra, por peculato culposo. O ex-secretário emprestou uma roçadeira da prefeitura para Lourival usar na chácara da sogra, onde a máquina foi furtada.

 

Segundo a denúncia, em novembro de 2020, Raimundo Bezerra pediu a uma pessoa para realizar a entrega da Roçadeira STIHL FS 220, de propriedade de Maurilândia do Tocantins, a Lourival Soares.

 

As investigações apontaram que a máquina foi levada para chácara da sogra de Lourival para uso próprio, local onde foi “supostamente furtada e até a presente data, não localizada”, as informações são baseadas no inquérito policial e registradas em um boletim de ocorrência nº 75579/2020.

 

“Após pesquisa de preço realizada com base nas informações apresentadas, o objeto, Roçadeira STIHL FS 220, 1,7 KW/ 2,3 CV, fica orçado monetariamente no valor de aproximadamente R$ 3.223,22, que foi a média do valor do objeto novo pesquisado em lojas virtuais especificadas em equipamentos de corte e poda”, cita o documento com base no Laudo Pericial de Avaliação Econômica Indireta de Bens.

 

Lourival Soares responde pelo crime por ter agido como coautor de Raimundo Bezerra. Ainda segundo a denúncia assinada pelo promotor Décio Gueirado Júnio, o exsecretário não cumpriu as condições impostas após ter aceitado a proposta de transação penal na audiência preliminar.

 

“Nestas condições, encontram-se os denunciados Raimundo Bezerra Morais e Lourival Soares Bezerra, incurso nas penas do art. 312, §2º do Código Penal, peculato culposo”.

 

à reportagem, o ex-secretário afirmou que emprestou “de boa fé” ao amigo, mas que vai até o cartório imprimir o boleto e pagar o valor. “Fiquei de pagar o valor e não paguei, esqueci. Emprestei e ele [Lourival] não devolveu”. Ainda segundo Raimundo, não sabia que poderia configurar crime.

 

A reportagem não conseguiu contato com Lourival para se posicionar sobre a acusação. 

 

Fonte: Jornal do Tocantins

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