Três maranhenses foram assassinados na chacina da terça-feira de carnaval, no município de Sinpop, em Mato Grosso (a 500 km de Cuiabá), quando Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, invadadiram o ‘Bruno Snooker Bar’, no bairro Lisboa, no final da tarde, e mataram a tiros sete pessoas, todas elas a sangue frio.
Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, dono do Bar, era natural da cidade de Pio XII, enquanto Getúlio Rodrigues Frazão Júnior, de 36 anos, e sua filha Larissa de Almeida Frazão, de 12 anos, nasceram em Governador Nunes Freire.
O empresário sul-mato-grossense Josué Ramos Tenório, de 48 anos, conhecido como ‘Zué’, é um dos sete mortos em chacina. Segundo os familiares, a vítima era de Fátima do Sul e atualmente tinha uma distribuidora de frutas em Rondonópolis. Câmeras de segurança registraram toda a ação dos atiradores.
As imagens – Nas imagens, dá para ver quando um dos suspeitos, de camiseta azul, armado com pistola, rende os homens e os leva para perto de uma parede. Na sequência, o outro homem, de camiseta listrada, pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete estacionada em frente ao estabelecimento e volta fazendo vários disparos. Depois dos tiros, Larissa (de blusa cor-de-rosa) tenta correr para fora do estabelecimento. Ela e outro homem foram mortos, segundo a perícia, com tiros nas costas.
De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, as vítimas foram assassinadas com tiros à queima-roupa por Edgar e Ezequias, após desavença por jogo de sinuca. Antes de fugirem de caminhonete, um dos suspeitos pega uma quantia de dinheiro que está na mesa de sinuca e outros objetos.
Foram mortos, também, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos, e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, que chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
Motivação – De acordo com o delegado Bráulio Junqueira, de Sinop-MT, que conduz a investigação, os autores estavam jogando sinuca e apostando, a princípio, contra Getúlio, na parte da manhã. Ambos perderam várias partidas e acumularam uma dívida de R$ 4 mil.
À tarde, Edgar e Ezequias, segundo as investigações preliminares, voltaram e perderam mais algumas partidas. Edgar, que estava jogando as partidas, teria ficado irritado com as piadas dos presentes. Ele e Ezequias foram até o carro e cada um pegou uma arma. Pelas imagens, a polícia identificou que Edgar saiu do veículo com uma espingarda e Ezequias com uma pistola 380.
Ambos têm passagens policiais. Edgar, que diz ser empresário, tem registro por violência doméstica. Já Ezequias por porte ilegal de arma, roubo em quadrilha, lesão corporal e ameaça.
Antes da chacina, algumas das vítimas gravaram vídeos no estabelecimento. As imagens das câmeras de segurança também mostravam uma movimentação tranquila no local.