Suspeito de torturar e matar garota de programa é preso na fronteira com Paraguai
Policial
Publicado em 10/01/2023

Um homem suspeito de torturar e matar uma garota de programa e abandonar o corpo em Abadia de Goiás, em outubro do ano passado, foi preso na última sexta-feira (6), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Leandro Alves da Costa, que usava documento falso no momento da prisão, é apontado, ainda, como autor do assassinato de uma adolescente de 15 anos, também torturada antes de ser morta, em um motel de Ciudad del Este, no Paraguai, menos de um mês após a morte da vítima goiana.

De acordo com as investigações, D.M.R. trabalhava como garota de programa na região dos motéis da BR-153, em Aparecida de Goiânia. Segundo a irmã da vítima, ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã. O corpo da mulher foi encontrado em um matagal em Abadia de Goiás, carbonizado e com sinais de tortura, como um arame envolto ao pescoço.

O delegado Arthur Fleury, responsável pela investigação, conta que imagens do circuito de segurança de um motel mostram quando D. chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro. Na sequência, um casal, identificado como Wallace Alves Novais e Helen (foto à esquerda), chega ao motel e divide o quarto com o casal que chegou anteriormente. Horas depois, Helen deixa o estabelecimento andando, ao passo que Wallace sai no veículo conduzido por Leandro. A vítima não é vista saindo do estabelecimento.

Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do veículo havia um volume encoberto com um pano. “Percebe-se também que referido objeto ou pessoa, ocupa o banco todo, tanto que não cabe a outra mulher, que teve que sair a pé do local. Na conta paga no motel por Leandro, há cobrança de um lençol e um travesseiro, que esse levou”, explica Fleury.

Leandro, que possui antecedente por estupro, homicídio e posse irregular de arma de fogo, era monitorado por tornozeleira eletrônica e, após o crime, a rompeu e desapareceu. Wallace foi preso mediante mandado de prisão temporária, mas nega participação no homicídio. Hellen ainda não foi capturada e permanece foragida.

 

Por meio de cooperação internacional, Leandro foi localizado e preso em Foz do Iguaçu, usando o nome falso de Marcos Andrade. Ele tinha dois mandados em aberto no Brasil e já constava na lista de foragidos da Interpol. Ele segue preso no Paraná e aguarda recambiamento para Goiás.

Fonte: PCGO

 

 

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