Avião com 221,4 kg de cocaína partiu de Jaboticabal com destino a São Luís para embarque à Ásia
O promotor de Justiça Eurico Greco Puppio denunciou à Justiça em Porto Nacional sete pessoas apontadas como responsáveis pelo tráfico de 221,4 kg de cocaína transportados em um avião Sêneca apreendido em Porto Nacional no dia 2 de junho.
Os alvos da denúncia são os motoristas autodeclarados Lucas Marcos da Silva Pereira, 27 anos, de Londrina (PR) e Moyzes Henrique de Oliveira, 39, de Cambé (PR); o corretor aeronáutico (broker) Valdenir da Costa Moreira, 49 anos, de Jales (SP); o entregador Julio Maciel do Rosário Junior, 29 anos, de Juquiá (SP) e mais três pessoas sem qualificações específicas: Vanderson Santos Souza, o “Magrelo”, 33 anos, de São José de Ribamar (MA), Jucilei Maciel do Rosário, 44 anos, de Juquiá (SP) e Wendel Sampaio Bueno, 28 anos, de Atibaia (SP), este apontado como proprietário do avião.
Segundo a petição, os sete denunciados estão associados a outras pessoas ainda não identificadas para a realização do transporte aéreo. Ao que indica o processo, o transporte seria entre São Paulo e o Maranhão. No estado vizinho, o destino seria o Porto de São Luis, de onde seguiria pelo “corredor do minério” com destino à Ásia.
Para o promotor todos os setes se organizaram para a viagem de Lucas e Moyzes. Ao “Magrelo” coube contratar Valdenir Moreira para o abastecimento do avião em Jaboticabal, com 400 litros de combustível de avião (avgás) comprados em São José do Rio Preto (SP). A gasolina foi transportada em dois tambores de 200 litros cada em um veículo locado da cidade até o hotel em que “Magrelo” estava hospedados com Jucilei Rosário e Julio rosário Júnior.
No dia seguinte pela manhã carregaram as malas no veículo com a gasolina e levaram para o aeroporto local de onde o avião partiu.
De acordo com a denúncia, um escrivão de polícia recebeu ligação telefônica de um policial civil da Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jabuticabal (SP) com informações do voo. O informante repassou que aeronave teria voado do Estado de São Paulo carregado de drogas e que provavelmente pousaria em Porto Nacional para abastecimento.
A Polícia Civil na cidade passou a monitorar o aeroporto até o avião pousar por volta das 15 horas, quando ocorreu a prisão de Lucas Pereira e Moyzes Oliveira. No avião, a polícia encontrou seis malas de viagens e uma delas continha os tabletes de cocaína embalados com a imagem de “Al Capone”. Havia ainda malas de roupas e objetos pessoais e livros sobre mecânica e planos de voo do avião.
“Restou evidenciado que, a referida aeronave estava sendo utilizada, naquele vôo, para o fim precípuo de transporte da droga apreendida”, acusa o promotor, na denúncia de 6 laudas.
Fonte: Jornal do Tocantins (Lailton Costa)