O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) começou a investigar nesta sexta-feira (25), os destroços do avião de pequeno porte que caiu em Balsas, cidade localizada a 799 km de São Luís. A perícia vai ajudar a determinar as causas do acidente.
Os dois peritos do SERIPA tiveram que enfrentar uma trilha aberta no mato e atravessar um córrego para conseguir chegar ao local do acidente. A posição que o avião ficou também dificultou o trabalho.
Eles vão analisar os dois motores da aeronave, todos os equipamentos de navegação aérea e outras peças para tentar identificar o que causou o acidente.
O piloto do avião, Juliano Rodrigues, que também será ouvido, informou que o avião havia sido abastecido no aeroporto de Balsas e um dos motores falhou após a decolagem.
"Foi feito todo o procedimento padrão da aeronave, de check da aeronave que precisa ser feito, drenei o combustível, olhei o óleo e acionei a aeronave. Logo após a decolagem eu escutei um estouro, olhei para os equipamentos e foi aí que percebi que tinha perdido o motor esquerdo. Tentei fazer os procedimentos padrões para isso, segundo o manual, porém já não tinha mais como conseguir fazer o que tinha que ser feito, não respondia", disse.
Somente após o trabalho dos peritos no acidente, o proprietário da aeronave terá autorização para remover os destroços. O trabalho não deverá ser fácil, já que o acidente aconteceu em uma área de difícil acesso, já que está localizado às margens do Rio Balsas.
O Corpo de Bombeiros deverá auxiliar na remoção dos destroços do avião. Esta é a segunda vez, em um mês, que acidente envolvendo aviões são registrados em Balsas. O anterior aconteceu em fevereiro, no bairro Fátima e o avião caiu sob uma residência.
"A gente já teve uma experiência recente, uma mesma aeronave teve um acidente aqui na nossa região urbana, então o Corpo de Bombeiros está disposto caso haja necessidade, caso haja risco de algum acidente, caso haja alguma remoção, estamos disponíveis para esse risco ser minimizado", disse o Tenente-Coronel Willys Leite, comandante do 4º BBM.
O avião caiu próximo às margens do rio e houve vazamento de combustível. Com isso, alguns peixes acabaram morrendo. A Secretaria de Meio Ambiente afirmou que vai avaliar a dimensão do dano ambiental.