Rayssa Leal avança à final, mas Pâmela Rosa e Letícia Bufoni são eliminadas
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Publicado em 25/07/2021

"Fadinha" faz bateria com poucos erros, recebe notão em último truque e passa na terceira posição. Primeira do ranking mundial, Rosa sofre muitas quedas nas manobras e não vai à decisão

Por Redação do ge — Tóquio, Japão

O sonho de um pódio triplo brasileiro no skate street feminino caiu por terra ainda nas eliminatórias. Pâmela Rosa, primeira colocada do ranking da categoria, e Letícia Bufoni foram eliminadas na primeira fase. Agora, as esperanças do ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020 recaem sobre Rayssa Leal, a "Fadinha" de 13 anos, que se classificou à final na terceira posição.

Pâmela entrou na terceira bateria arriscando desde o começo, com boardslides nos corrimãos. Ela sofreu quedas na primeira volta, mas conseguiu concluir bem. Na segunda volta, contudo, a brasileira acertou tudo, incluindo manobras difíceis, e recebeu a segunda maior nota das voltas até ali: 3,57.

A paulista começou os truques com um boardslide de frente que valeu 2,82. Ela caiu ao final de um frontside crooked nas duas manobras seguintes. Um boardslide também terminou em queda na saída. No último truque, Pâmela fez um noseslide no corrimão que lhe valeu 2,42. A soma de 10,06 a colocou em sexto lugar antes da última bateria.

Sua bateria teve show das japonesas Funa Nakayama, de 16 anos, e Momiji Nishiya, de 13, que saltaram à primeira colocação com as notas mais altas até ali. Nakayama teve a melhor volta (4,66) e o melhor truque (5,21), e Nishiya não teve uma nota válida abaixo de 3,20.

Na última bateria, a belga Lore Bruggeman começou colocando pressão, com uma volta de 3,43. Rayssa fez sua primeira volta de forma conservadora, sem erros, e recebeu 3,29. Letícia teve alguns erros na sua primeira volta e ficou com 2,21. A segunda volta de Bruggeman foi novamente muito forte, com 3,40. Fadinha recebeu 2,01 após cair em sua segunda volta, e Bufoni a seguiu com uma boa corrida, de 2,58.

Se Bruggeman já ameaçava a posição de Pâmela, a chinesa Wenhui Zhang se somou às ameaças com um backside 50/50 que lhe rendeu um 4,92. E Alexis Sablone também subiu na classificação com um 4,20 no frontside 50/50. Rayssa não ficou pra trás: encaixou um backside smith que lhe valeu 3,37 e a colocou no grupo de classificação, à frente de Pâmela. E Bufoni também deu show com um boardslide de 2,81, deixando Rosa na oitava posição.

O 3,06 de Alexis Sablone na terceira manobra empurrou Rosa para a nona posição, eliminando a líder do ranking. Rayssa se garantiu com um 3,20 na quarta manobra, e ainda encaixou um frontside flip boardslide para receber um 5,05. A soma de 14,91 a colocou na terceira posição geral. Precisando de 3,77 para ir à final, Letícia Bufon acertou um backside boardslide no último truque, mas recebeu apenas 2,90 e ficou fora, com 10,91.

A primeira bateria começou com muitos erros e notas muito baixas; nenhuma das cinco competidoras recebeu nota 3 nas primeiras voltas. Isso se deve a um critério baseado no grau de dificuldade das manobras. Como os truques combinaram uma quantidade menor de manobras, a soma resultava numa nota menor. A americana Mariah Duran era quem mais arriscava e, após cair em quatro tentativas de truque, somou 5,01 com um hardflip seguido de um slide no final da bateria.

O nível subiu na segunda bateria. A holandesa Roos Zwetsloot, a filipina Margielyn Didal e a japonesa Aori Nishimura, terceira colocada do ranking mundial, foram os grandes destaques. Nas últimas manobras, o trio deu show e saltou ao topo da classificação.

 

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