Maranhense com Esclerose Lateral Primária faz campanha para comprar cadeira de rodas; saiba como ajudar — Foto: Arquivo Pessoal
É apenas por meio da escrita que a maranhense Irenice Candido, de 41 anos, se comunica com as pessoas. Diagnosticada com Esclerose Lateral Primária (ELP), desde 2017, a advogada está perdendo gradativamente as forças e há quase três meses convive sem a voz.
Os primeiros sintomas da doença vieram após um acidente. “Em 2009, eu sofri um acidente de moto, depois disso eu comecei a apresentar alguns sintomas, mas somente em 2017 que eles pioraram significativamente’’, conta Irenice.
A situação da advogada se tornou mais grave depois que contraiu um processo alérgico raro, chamado Síndrome de Steven Jhonson, doença gerada em reação a um medicamento que a advogada tomou na tentativa de evitar uma traqueostomia. A traqueostomia (TQT) é um procedimento cirúrgico onde ocorre a abertura da parede anterior da traqueia, fazendo uma comunicação da mesma com o meio externo.
A única esperança em meio a tantas turbulências para Irenice é um aparelho que faz leitura ocular e transforma textos em áudios, por meio de um computador. O aparelho vai permitir que a advogada consiga interagir com o mundo em sua volta.
“Por se tratar de uma doença degenerativa e progressiva, eu vou perder a força para escrever, já sinto muita dor. Como já perdi a voz, a minha única esperança é o aparelho’’, relata.
Sonho interrompido
Apesar de todas as dificuldades, a doença não impediu que Irenice desse continuidade a seus estudos. Já debilitada, ela concluiu a faculdade de direito em 2016.
“Estudei com meu filho no colo, já com muitas dores. Meu objetivo era ter uma profissão e assim ter oportunidade de dar uma vida melhor para minha família. Passei na OAB na primeira tentativa, estudava com meu pequeno nos braços, ganhei os livros e a inscrição para a prova, pois não tinha condições financeiras para arcar com todos os custos", conta.
Irenice ao lado de seu filho durante a formatura do curso de direito — Foto: Arquivo Pessoal
Sete meses após receber a carteira de advogada, o quadro da doença piorou e Irenice não possuiu mais condições de atuar na carreira dos sonhos. Ela conta que o direito tem a possibilitado de continuar vivendo, visto que são as batalhas judiciais que estão a assegurando nesse momento.
Saiba como ajudar
A doença tirou os movimentos das pernas de Irenice há quase quatro anos, em 2018 começou a ter dificuldades em se alimentar e a fala se esvaiu em 2020. Para ter mais qualidade de vida, ela precisa de uma cadeira de rodas motorizada e um aparelho para facilitar a comunicação. É possível fazer doações em dinheiro para conta de Irecine da Caixa Econômica. Agência: 3645. Op:001. C/C: 00000161-2.
G1 MA: Lucas Vieira e Stella Gonçalves