UEMA cria ventilador que auxilia na respiração temporária de pacientes com Covid-19
Política
Publicado em 21/04/2020

Por: Lisiane Martins com informações da UEMA

Departamento de Engenharia Mecânica do Centro de Ciências Tecnológicas – CCT da Universidade Estadual do Maranhão desenvolveram um ventilador, que pode auxiliar na respiração temporária de pacientes com dificuldades respiratórias causadas pelo Covid-19, entre outras doenças.

 

O Ventilador Auxiliar Temporário foi construído a partir do laboratório de Pneumática e Hidráulica da UEMA e é um equipamento portátil, de fácil manuseio, projetado para 6 kg, de baixo custo em relação a respiradores convencionais (aproximadamente 2 mil reais) e que funciona sob princípios mecânicos de um sistema pneumático. O aparelho tem dimensões de 40x30x20 cm e podem ser fabricadas até 25 unidades em uma semana. Para funcionamento, sua versão analógica necessita apenas de uma alimentação de ar sob pressão para o sistema e uma fonte de oxigênio que vai ser bombeado através do Ambu e transferido para o paciente. Já a sua versão digital, em acréscimo, necessita de uma fonte de alimentação elétrica de 12 ou 220 Volts, dependendo do local de instalação.

 

O projeto é dos professores José Ribamar e Valdirson Pereira, em parceria com a empresa Fluidcom e Ighor Caetano (Docente Senai) e seu uso também é indicado para situações nas quais o reanimador manual, conhecido como Ambu, é recomendado, conforme indicações médicas.

 

De acordo com o professor José Ribamar, coordenador da iniciativa, o uso deste ventilador mecânico pode ser feito em ambiente clínico crítico para tratamento de pacientes com COVID-19, uma vez que, segundo pesquisas, o número de ventiladores tradicionais no Brasil, em relação ao número de habitantes, se encontra escasso.

 

É importante ter uma opção secundária confiável e eficiente, principalmente em um período em que se precisa buscar alternativas para salvar vidas diante da escalada crescente de casos da Covid-19. Além de poder ser utilizado em diversas situações dentro de hospitais e ambulâncias”, afirma.

 

O dispositivo permite ao médico, enfermeiro ou fisioterapeuta ligar e desligar o Ambu automatizado em caso de emergência e permite realizar alguns ajustes como controlar a pressão de alimentação do sistema, realizar ajustes na frequência de bombeamento do Ambu, na força e nível do bombeamento. Dessa forma, permitindo aumentar ou diminuir o nível de oxigênio ou da mistura bombeados para o paciente.

 

O protótipo do equipamento já está em análise. Testes estão sendo feitos pela Secretaria de Estado de Saúde – SES

Fonte: O Imparcial

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