O Maranhão apresentava, em 2018, expectativa de vida de 71,1 anos. É o que revelam os dados da Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil, divulgada pelo IBGE. Em 2017 essa expectativa era de 70,6 anos. Esse dado coloca o Maranhão com o menor índice, dentre as Unidades da Federação, e abaixo da média nacional, que é de 76,3.
Assim a maior esperança de vida ao nascer entre as Unidades da Federação foi em Santa Catarina, 79,7 anos. Uma pessoa idosa que completasse 65 anos em 2018 teria a maior expectativa de vida (20,4 anos) no Espírito Santo. Por outro lado, em Rondônia, uma pessoa que completasse 65 anos em 2018 teria expectativa de vida de mais 16,1 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa masculina capixaba viveria mais 18,4 anos e a feminina, 22,2 anos. Entre as menores expectativas, estão os homens idosos do Piauí, com mais 14,7 anos, e as mulheres de Rondônia, com mais 17,3 anos.
No Maranhão, uma criança nascida, sujeita a lei de mortalidade observada em 2018, esperaria viver em média, aproximadamente, 8,6 anos a menos que uma criança nascida em Santa Catarina.
Quanto aos homens, a expectativa de vida era de 67,4, valor bem inferior à média nacional, que é de 72,8 anos. Já a expectativa de vida das mulheres maranhenses é de 75,1, enquanto a média para o Brasil é de 79,9 anos.
Em 1940, a expectativa de vida era de 45,5 anos, sendo 42,9 para homens e 48,3 anos para mulheres. Entre 1940 e 1960, o Brasil praticamente reduziu pela metade a taxa bruta de mortalidade (o número de óbitos de um ano dividido pela população total em julho daquele mesmo ano), caindo de 20,9 óbitos para cada mil habitantes para 9,8 por mil. A expectativa de vida ao nascer em 1960 era de 52,5 anos. Ao todo, a expectativa de vida aumentou 30,3 anos entre 1940 e 2016, chegando a 75,8 anos.
Em 2018, de cada mil idosos com 65 anos, 637 completariam 80 anos. As expectativas de vida ao atingir 80 anos, em 2018, foram de 10,4 anos para mulheres e 8,6 para homens.
Uma pessoa nascida no Brasil em 2016 tinha expectativa de viver, em média, até os 75 anos, nove meses e sete dias (75,8 anos). Isso representa um aumento de três meses e 11 dias a mais do que para uma pessoa nascida em 2015.
No Maranhão, quem nasceu em 2014 tinha a possibilidade de viver até os 70 anos. Em 2016 essa expectativa subiu seis meses, ficando 70,6 anos. Em 2017, o dado permaneceu. E em 2018, embora tenha havido essa evolução, o Maranhão ainda figura em último lugar no ranking da expectativa de vida.
A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis, entre 1980 e 2018, em todas as Unidades da Federação. Em 1980, no Maranhão, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 223 atingiam os 80 anos de idade. Já em 2018, este número passou para 511 indivíduos.
Quanto à taxa de mortalidade das crianças menores de 1 ano, a maior pertenceu ao Amapá, 22,8 por mil, seguido do Maranhão, que apresentou 19,4 por mil. A menor taxa de mortalidade infantil foi encontrada no Estado do Espírito Santo, 8,1 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.
Entre 1940 e 2016, a mortalidade infantil apresentou declínio da ordem de 90,9%, passando de 146,6 por mil para 13,3 por mil, e a mortalidade entre um e quatro anos de idade, redução de 97,1%, indo de 76,7 por mil para 2,2 por mil.
Comparando-se 2017 e 2018, a mortalidade na infância caiu de 14,9 por mil em 2017 para 14,4 por mil em 2018. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,5% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2018.
Envelhecer com saúde
Desde 2012 a população brasileira acima de 60 anos vem crescendo. Hoje, o número de idosos no país supera a marca de 30 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE. No Maranhão, em 2012, havia 212 mil pessoas entre 60 e 64 anos. Em 2016, dados do último Censo, esse número pulou para 235 mil pessoas, dessas, 122 mil são mulheres. Com o aumento da expectativa de vida, também ocorre a preocupação em envelhecer de forma saudável e, para isso, muitos recorrem à prática de atividade física.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil tinha a quinta maior população idosa do mundo, e em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. Diante do cenário que se firma no país, encontrar medidas que auxiliem na qualidade de vida das pessoas, torna-se indispensável.
Para o clínico geral Dr. Artur Gomes, toda pessoa deve procurar uma vida saudável, cultivando bons hábitos físicos e alimentares. “Desde a mais tenra infância, até a melhor idade, tendo uma alimentação saudável, praticando atividade física regular, dá para se chegar aos mais de 70 com saúde. Felizmente hoje em dia está cada vez mais frequente encontrarmos pessoas que tenham uma vida saudável”, aponta.´
Na contramão dessa pesquisa, o contador aposentado José Augusto Costa, mas que ainda trabalha por conta própria, diz que nem lembra a idade que tem. “Trabalho ainda, faço minhas caminhadas e meus exames regularmente. Acho que estou muito saudável”, diz ele, que tem 76 anos. “Já estou à frente 5 anos”, ri.
A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2018 em todas as Unidades da Federação, chegando em alguns casos a mais que dobrarem as chances de sobrevivência entre estas duas idades. Em 1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de idade. Em 2018, este valor passou para 599 indivíduos.