Gurupiense é morta a facadas na Espanha e filho é suspeita de assassiná-la
06/11/2019 05:14 em Policial

Minaene Franco morava no país europeu há 14 anos; jovem tem 17 e acabou detido nesta segunda-feira, 4, por agentes da guarda civil espanhola

Após um vizinho notar o sumiço da gurupiense Minaene Franco, 36 anos, que morava na cidade espanhola de Foz, na província de Lugo, comunidade autônoma de Galiza, a polícia encontrou na manhã da última segunda-feira, 4, por volta das 10 horas, o corpo da mulher, com marcas de violência na casa que ela morava com o filho de 17 anos.

Segundo informaram jornais espanhóis, Minaene morreu a facadas. Por volta das 14h30 do mesmo dia, o menor acabou detido por suspeita de matá-la. Pouco tempo depois, a Justiça decretou a remoção do corpo da vítima do local do crime.

De Gurupi, Minaene morava na Espanha há 14 anos e possuía nacionalidade espanhola. Ela trabalhava como cozinheira e estudava gastronomia em uma universidade de Foz, que lamentou o ocorrido. “Ela era uma pessoa adorável e dava muito certo com o grupo que fazia parte”, disse a instituição de ensino, que irá promover uma homenagem para a vítima.

A reportagem procurou sua família nas redes sociais e encontrou duas de suas cinco irmãs, que não quiseram se identificar. Uma delas disse que Minaene se mudou para a Espanha em procura de melhora financeira. “Tínhamos sonhos. Ela sempre dizia que ia comprar uma fazenda para reunirmos a família”, lamentou.

A irmã contou que o menor ficou em Gurupi, enquanto sua mãe trabalhava para sustentá-lo. Quando ele completou 11 anos, a vítima conseguiu levá-lo para a Espanha, “Lá ela trabalhava muito para manter as despesas dele. Pagava escola particular, uma das mais caras que tem lá, ele só usava roupas de marca. Não consigo entender como ele teve coragem de fazer tamanha crueldade com a mãe. Ela sempre reclamava que ele não dava valor e não queria saber de estudar”, diz.

Uma outra irmã está a caminho da Espanha para saber como velar o corpo da vítima. Segundo a família, o translado do corpo fica muito caro e é provável que o corpo não seja velado no Brasil. A

gentes de polícia responsáveis pelo caso agora tentam encontrar a arma do crime. Até o momento, segundo jornais espanhóis, não havia queixas de violência na família.

A Justiça da Espanha decidiu que o menor ficará em uma unidade de internação de regime fechado. A decisão acata a um pedido do Ministério Público de Menores, após depoimento do adolescente.

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