Apesar do surto ativo de sarampo no Brasil, o Maranhão continua com apenas um caso da doença confirmado, conforme último boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde na ultima quarta-feira (28).
No território maranhense, a pessoa que contraiu a doença estava na cidade de Vitorino Freire.
O órgão do governo federal anunciou que já enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina para os estados. O primeiro óbito resultante da doença foi confirmado e ocorreu em São Paulo.
Segundo o novo boletim, foram registrados, em todo o Brasil, nos últimos 90 dias, 2.331 casos confirmados de sarampo, entre os dias 2 de junho e 24 de agosto, em 13 estados. São Paulo lidera com 2.299 situações, de acordo com o Ministério da Saúde. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro, com 12; Pernambuco, com 5; Santa Catarina, com 4, e Distrito Federal, com 3. Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí estão empatados com um caso cada.
Dose extra
Nesta semana, o Ministério da Saúde começou a enviar 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados, para garantir a dose extra, contra o sarampo, em todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.
No total, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, são 2,9 milhões de crianças que não receberam a chamada “dose zero”. Somente para os 13 estados em situação de surto ativo do sarampo, serão destinadas 960.907 doses.
Esse envio de doses extras da vacina é uma resposta imediata do governo federal em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados, como frisou o Ministério da Saúde. Desse total, 56% já foi enviado para São Paulo, que concentra 99% dos casos.
Primeiro óbito
O Ministério da Saúde anunciou o primeiro óbito decorrente da doença neste ano no Brasil. A morte aconteceu no Estado de São Paulo. Segundo o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira, a vítima foi um homem de 42 anos, que não tinha recebido dose da vacina ao longo da vida.
Último caso
No Maranhão, o último caso da doença, antes do confirmado em Vitorino Freire, este ano, ocorreu na cidade de Coelho Neto, na Região dos Cocais. A Secretaria de Estado da Saúde disse que essa situação aconteceu em 1999, ou seja, há 20 anos.
Vacinação
A vacinação contra o sarampo começou no último dia 22 em todo o Brasil, seguindo determinação do Ministério da Saúde, para crianças de seis meses a menores de 1 ano. Segundo o órgão do governo federal, essa medida preventiva deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de “dose zero”, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses.
Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério já enviou para os estados 17,7 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola.
Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do País, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade.
A vacina é a principal forma de tratamento do sarampo. É importante esclarecer que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança.
Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.
Com relação ao bloqueio vacinal, a SES já se manifestou e anunciou que seguiu orientação do Ministério da Saúde. Esse bloqueio significa que, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que tiveram ou têm contato com aquele caso suspeito em até 72 horas.