O órgão ressaltou que até o momento não foi constatado impacto negativo à fauna local consequente do acidente
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Nesta segunda-feira (06), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), confirmou a presença de fissuras no tanque de um dos caminhões que afundou no Rio Tocantins com o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão. O veículo de grande porte da empresa Pira-Quimica transportava uma carga de cerca de 23 mil litros de ácido sulfúrico.
Já na última sexta-feira (03), a informação preliminar foi evidenciada por mergulhadores que identificaram a existência das fissuras no tanque. Antes da confirmação dos danos no caminhão, uma equipe da Marinha do Brasil já havia levantado suspeita de um possível vazamento. Segundo o Ibama, foi solicitado relatório oficial das informações obtidas no local pela equipe da Pira-Química, que deverá ser concluído até esta quinta-feira (09).
O Ibama comunicou ainda que as análises da qualidade da água do Rio Tocantins não demonstram alterações significantes. “Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para água doce. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local.”, ressaltou, por meio de nota.
As análises da qualidade da água são realizadas todos os dias pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão. As realizações de resposta à emergência ambiental também são acompanhadas por servidores do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas e das superintendências do Ibama no Maranhão e Tocantins.
Cargas do acidente
O caminhão da Pira-Quimica não foi o único a cair com a tragédia, o desabamento da ponte também acarretou na queda de mais dois caminhões carregados de produtos perigosos às águas do Rio Tocantins. Um deles, da empresa Videira, carregava cerca de 40 mil litros de ácido sulfúrico. Segundo a análise visual de mergulhadores no local, o tanque permanece intacto.
Já o terceiro veículo, da empresa Suminoto, carregava bombonas carregadas de agrotóxico. A realização da sondagem da carga no fundo do rio deverá ser feita por mergulhadores contratados pela empresa ainda hoje.
De acordo com o Ibama, as empresas e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) foram designadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) com análise de riscos para haja a retirada dos caminhões e produtos afundados no rio.