Adilson Oliveira justifica a chicotada no vereador. Rivalidade é antiga
Por Francy Teixeira (MN)
Segundo Adilson, o desentendimento entre os dois começou após uma promessa não cumprida e vários atritos durante sessões na Câmara Municipal
O candidato a vereador Adilson Oliveira, de Corupá (SC), falou sobre o incidente em que chicoteou o vereador Alfredo Gramm. Adilson, que concorreu pelo União Brasil, confirmou ter desferido as chicotadas, mas afirmou que, em seguida, também foi agredido fisicamente.
Segundo Adilson, o desentendimento entre eles teve início quando ambos eram filiados ao PDT. Ele afirma que, após a eleição de 2020, Gramm teria prometido a suplentes que os deixaria atuar por dois meses na Câmara Municipal, mas essa promessa não foi cumprida. Desde então, houve vários atritos entre os dois, e Adilson chegou a acusar Gramm de ser “mentiroso” durante sessões na Câmara.
Agora em 2024, os caminhos políticos se separaram: Gramm ingressou no PSDB, enquanto Adilson se filiou ao União Brasil, cada um apoiando candidaturas a prefeito de diferentes chapas. Entretanto, Adilson garante que o episódio de violência não foi motivado por questões políticas.
“Porém, a briga não aconteceu por causa disso. Eu estava com o chicote no carro porque vou na casa do meu pai para brincar com ele. No dia da Eleição, nós estávamos muito nervosos esperando o resultado. Por volta das 17h30, eu estava sentado na avenida Getúlio Vargas meio desolado, preocupado, chateado, nervoso. E ele passou na rua Jorge Lacerda com outro rapaz. Discretamente, o rapaz deu uma abanadinha e um sorriso de deboche”, relatou.
O candidato explicou que, tomado pela raiva, decidiu agir.
“Não pensei duas vezes. Peguei o chicote no meu carro, andei cerca de 50 metros e gritei que ele iria apanhar de chicote. Fiz errado? Fiz. Mas na hora não tive tempo de me controlar e chicoteei ele. Eu me desequilibrei e eles me chutaram. Eu fiz um raio-x e quebrou uma costela minha. Eu tenho várias marcas no braço direito”, declarou Adilson, que justificou sua ação dizendo que "provocação tem limite".
Adilson também informou que esta será sua última campanha política e que buscará ajudar a população de Corupá de outras maneiras. Além disso, pediu para que os internautas parem com as piadas e memes sobre o ocorrido, esclarecendo que ele não tem participação na viralização dos conteúdos.
