A juíza que decretou a prisão preventiva considerou que medidas cautelares seriam insuficientes e que a segregação dele é necessária para manter a ordem pública. Ele matou o policial Marcelo Soares nessa terça (03), em Santa Luzia do Paruá (MA)
Por Mikaela Ramos (MN)
Montagem mostra o acusado Bruno Arcanjo e a foto da vítima Marcelo Soares, o policial do DRACO-PI que foi morto durante operação no Maranhão
A Justiça do Maranhão decretou a prisão preventiva do empresário Bruno Manoel Gomes Arcanjo, acusado de matar o policial civil piauiense Marcelo Soares da Costa, do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), durante a Operação Turismo Criminoso.
A decisão foi dada pela juíza Leoneide Delfina Barros Amorim, da Vara Única da Comarca de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, durante a audiência de custódia do acusado. Para mantê-lo preso, a magistrada entendeu que a aplicação de medidas cautelares não são suficientes, "na medida em que o contexto fático indica que providências menos gravosas seriam insuficientes para acautelar a ordem pública e a aplicação da lei penal".
A prisão preventiva do Bruno Arcanjo teve parecer favorável do Ministério Público do Maranhão.
O QUE ALEGOU O ACUSADO
Durante depoimento ao delegado Saulo Ribeiro Rezende, da cidade de Zé Doca no Maranhão, o empresário Bruno Arcanjo confessou o assassinato do policial piauiense, mas alegou que somente atirou contra os policiais do DRACO do Piauí por acreditar que eles eram criminosos que estariam invadindo a residência dele.
A versão do acusado diverge dos depoimentos dos policiais piauienses, que afirmaram que a todo momento se identificaram como policiais e verbalizaram o fato, mas mesmo assim, Bruno teria atirado contra eles e, após o acusado receber ordem de rendição, usou a esposa e a filha como escudos humanos.
MORTE DO POLICIAL
Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, foi assassinado com um tiro na região da axila e que atingiu o tórax dele, na madrugada dessa terça-feira (03), na cidade de Santa Luzia do Paruá, Maranhão, durante a Operação Turismo Criminoso, que desarticulou um grupo criminoso especializado em fraudes no Departamento de Trânsito do Piauí (Detran).