Durante a operação, foram apreendidos um carro, armas, ouro, dinheiro e celulares
Divulgação/ PF
O ouro era vendido para grandes centros, como Minas Gerais e São Paulo, em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pela polícia
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (29) a Operação Alquimia, que resultou na prisão de quatro pessoas nos estados do Pará, Maranhão e Minas Gerais. Além das prisões, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, em uma ação coordenada para combater crimes ambientais e lavagem de dinheiro.
No Pará, a operação foi realizada nas cidades de Ananindeua, Santa Izabel e Parauapebas.
A investigação revelou um esquema criminoso em que o grupo extraía ouro no Maranhão e lavava os recursos ilícitos no Pará. Durante a operação, foram apreendidos um carro, armas, ouro, dinheiro e celulares.
O líder da quadrilha foi preso preventivamente em Parauapebas, no sudeste paraense, enquanto seu principal auxiliar foi capturado em Santa Inês, no Maranhão. Além dessas prisões preventivas, outras duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas. A polícia não detalhou onde exatamente foram realizadas essas duas últimas prisões.
Em uma das ações, na cidade de Santa Izabel, na Grande Belém, a polícia apreendeu cerca de R$ 200 mil em espécie, quatro pistolas, um fuzil, uma espingarda e uma máquina de contar dinheiro.
No Maranhão, em Centro Novo, foram confiscadas duas armas, ouro e dinheiro, enquanto em Maracaçumé, uma arma foi apreendida.
Em Itapeva, Minas Gerais, a polícia encontrou mídias de armazenamento e celulares, e em Ananindeua, no Pará, um carro e um celular foram confiscados.
O principal alvo da operação, o líder do grupo criminoso, já havia sido preso em outras duas ocasiões: uma vez por transportar mais de R$ 1 milhão em espécie e outra por carregar duas barras de ouro, de origem não declarada, escondidas em seu sapato.
A investigação revelou que o grupo utilizava métodos sofisticados para dissimular a origem dos valores obtidos com a venda do ouro extraído no Maranhão.
Entre as técnicas utilizadas estavam a quitação de boletos bancários de terceiros e pagamentos em contas de diversas empresas.
O ouro era vendido para grandes centros, como Minas Gerais e São Paulo, em circunstâncias que ainda estão sendo investigadas pela polícia.