BEM ESTAR: Higiene íntima errada aumenta risco de doenças; entenda
29/04/2024 19:27 em Política

 

A falta de higiene íntima pode acarretar consequências sérias, incluindo infecções e até mesmo o desenvolvimento de câncer

Reprodução/Internet

Os homens precisam fazer uma higiene íntima adequada para evitar doenças  

 

A falta de higiene adequada do pênis pode acarretar consequências sérias, incluindo infecções e até mesmo o desenvolvimento de câncer na região. Isso ocorre porque, na ausência de uma limpeza adequada, o órgão se torna um ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias, o que está diretamente relacionado ao surgimento de doenças.

 

É fundamental ressaltar que os tumores nesta área tendem a apresentar um alto grau de gravidade, sendo que em certos casos o tratamento pode exigir a amputação do membro. Segundo dados levantados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), três em cada dez pacientes diagnosticados com câncer de pênis tiveram que se submeter a essa intervenção nos últimos dez anos. Apesar dos riscos envolvidos, a falta de informação e os tabus associados ao órgão muitas vezes levam os homens a cometerem equívocos na hora da higienização.

 

Afinal, como deve ser feita a higiene do pênis? A higiene peniana deve envolver a lavagem completa do órgão com água e sabão, incluindo a glande (cabeça do pênis). Isso requer a retração do prepúcio (pele que cobre a glande) para garantir uma higienização adequada.

 

"Por isso, pacientes que têm fimose (dificuldade de exposição da glande) devem recorrer ao tratamento cirúrgico (circuncisão), para que consigam realizar a higienização adequada do órgão". Conforme orientações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a higiene da região deve ser realizada regularmente, incluindo cuidados após relações sexuais e masturbação.

 

Vacinação e uso de preservativo

Além da higiene adequada, existem outras medidas que devem ser consideradas para cuidar do pênis e da saúde de forma geral. Destaca-se, primeiramente, a importância da vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), a qual é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum no mundo, conforme dados do Ministério da Saúde.

 

A transmissão do HPV ocorre principalmente por contato direto com a pele ou mucosa infectada, seja por meio de toque, penetração vaginal ou anal, ou contato com a boca. Com mais de 200 subtipos identificados, o HPV aumenta o risco de câncer de pênis em homens.

 

Atualmente, a vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para a faixa etária de 9 a 14 anos, além de ser oferecida para vítimas de abuso sexual e indivíduos imunossuprimidos. O uso de preservativos durante as relações sexuais é outra medida crucial para a prevenção do HPV e de outras complicações de saúde.

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