Docentes da UFMA decretam greve por tempo indeterminado
Política
Publicado em 15/04/2024

O sindicado pede recomposição salarial com reajuste de 22,71%, divididos em três parcelas de 7,06%.

Reprodução

Os professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) se juntam aos servidores técnico-administrativos, que estão em paralisação desde 18 de março, e decretam greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (15). 

 

A decisão foi tomada durante uma assembleia realizada, no dia 8 de abril, pela Seção Sindical do ANDES - SN (APRUMA) com a participação da categoria. A votação da greve seguiu o indicativo aprovado pela categoria no dia 21 de março.

 

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) diz que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias".

 

Reivindicações

Os professores da UFMA pedem recomposição salarial com reajuste de 22,71%, divididos em três parcelas de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026. 

 

O Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), propôs o reajuste de 4,5%, mas apenas em 2025 e 2026. 

 

O Governo também apresentou uma proposta de reajuste dos auxílios alimentação, saúde e creche que não contempla aposentados e pensionistas.

 

Além da recomposição salarial, o sindicado cobra recomposição do orçamento público das Instituições Federais de Ensino; garantia de concursos públicos para docentes e técnicos; ampliação do orçamento para Assistência Estudantil; fim da contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas e fim de assédios moral e sexual nas instituições de ensino federais.  

 

Confira a nota emitida pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA);

“Considerando a decisão das categorias dos técnico-administrativos e dos docentes das Instituições Federais de Ensino sobre a deflagração da greve comunicada à Administração Superior da Universidade Federal do Maranhão, a UFMA manifesta seu reconhecimento às reivindicações apresentadas pelos servidores públicos e reafirma seu compromisso em manter o diálogo com as entidades representativas das categorias, preservando as garantias individuais dos servidores e buscando soluções negociadas em conjunto para as tratativas de funcionamento da instituição.”

 

Veja o que diz o Ministério da Educação (MEC) sobre a greve; 

"O Ministério da Educação (MEC) vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias. No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI. E, ainda nessa semana, conduzirão reunião da mesa setorial que trata de condições de trabalho".

 

Confira o posicionamento do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos;

Em 2023 o Ministério da Gestão viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos.

 

Também foi formalizada proposta, para este ano de 2024, de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais); de aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (“auxílio-saúde”); e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90.

 

Como parte do processo de debates sobre reajustes para o ano de 2024, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.

 

Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento, sendo que com as entidades representativas das carreiras educacional, os Ministérios da Gestão e o da Educação criou um Grupo de Trabalho (GT) para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

 

O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.

 

O Ministério da Gestão segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas."

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