Recusa da Unidade Hospitalar em Receber Mortos Após Confronto Gera Controvérsia e Intervenção do Ministério Público
Na manhã desta terça-feira (12), a cidade de Viana, na baixada maranhense, foi palco de uma cena chocante após quatro homens, suspeitos de integrar uma facção criminosa e praticar crimes na região, serem mortos em um confronto com a Polícia Militar. O inusitado ocorreu quando os corpos ficaram jogados no chão em frente ao Hospital Regional Dr. Antônio Hadade por aproximadamente duas horas, após a unidade hospitalar se recusar a receber os mortos.
Ao chegar ao hospital, os policiais militares encontraram resistência por parte da direção da unidade hospitalar, que recusou receber os corpos para atestar o óbito e encaminhá-los para a perícia no Instituto Médico Legal (IML) de São Luís. Diante da recusa, os corpos foram retirados da viatura e colocados enfileirados no chão, uma imagem que logo circulou nas redes sociais, gerando indignação na comunidade.
A situação só foi resolvida após a intervenção do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), que conseguiu autorização para que os corpos fossem levados ao necrotério da unidade hospitalar. A atitude incomum da direção do hospital levanta questões sobre os procedimentos padrão em situações como essa e destaca a necessidade de esclarecimentos sobre a recusa em receber os corpos.
O confronto que resultou na morte dos quatro suspeitos ocorreu durante uma operação policial para cumprir mandado de prisão contra um homem identificado como "Onça". A polícia afirma que, ao localizar o suspeito no povoado São Felipe, zona rural de Viana, foram recebidos a tiros por criminosos escondidos em um casebre. Os policiais revidaram, atingindo quatro suspeitos, incluindo o alvo do mandado de prisão. Uma mulher e outros membros do grupo conseguiram fugir e estão sendo procurados.
Homem, identificado apenas como "Onça", foi o alvo da operação policial - Fonte e Foto divulgação G1
Além das vidas perdidas, a operação policial resultou na apreensão de motos roubadas, munição, drogas, dinheiro, colete à prova de bala e três armas de fogo. A Polícia Militar destaca que o grupo alvejado era suspeito de integrar uma facção criminosa, envolvida em diversos crimes nas cidades de Viana, Matinha, Olinda Nova do Maranhão e Penalva. Entre os delitos estão homicídios, tráfico de drogas, corrupção de menores, roubos e assaltos.