UFT: inaugurado Núcleo Especializado em Antropologia Forense e Odontologia Legal
Política
Publicado em 26/08/2022

O Núcleo realizará exames antropológicos das ossadas para identificar o indivíduo

 

Vania Machado/Governo do Tocantins

Com o objetivo de desenvolver o ensino, a pesquisa e o aperfeiçoamento técnico-científico da Perícia Oficial e aumentar  a  resolutividade e celeridade quanto às identificações de pessoas desaparecidas no Estado do Tocantins, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) inaugurou nesta sexta-feira, 26, a sede do Núcleo Especializado em Antropologia Forense e Odontologia Legal, que funcionará nas dependências da universidade.

 

“Hoje é um dia especial para a Polícia Civil do Estado do Tocantins, cujo trabalho técnico científico é referência nacional e esse núcleo além aperfeiçoar os serviços prestados à população ainda vai contribuir para a formação acadêmica”, declarou o secretário executivo da SSP, Reginaldo de Menezes Brito.

 

A superintende da Polícia Científica, Aldênis Cavalcante, destacou que a implantação do núcleo é um sonho que se concretiza. “Esse é um momento ímpar para nós da Polícia Científica. Esse núcleo vem sendo planejado há muito tempo para funcionar aqui dentro da UFT, com a parceria da universidade, para que a gente possa também, além de realizar o nosso trabalho, trazer mais conhecimento para a comunidade acadêmica”, destacou Aldênis, agradecendo a toda equipe que contribuiu para a implantação do núcleo.

 

O reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, falou da satisfação da universidade em contribuir com o poder público em projetos que visam benefícios à sociedade. “A partir dessa interação oferecemos um serviço de maior qualidade para a população, sem falar do ganho científico que essa unidade permitirá à investigação científica e aos trabalhos científicos. De forma que, com o apoio de ambas instituições, possamos nos tornar referência nessa área da antropologia forense”, destacou.

 

Atribuições

O Núcleo Especializado em Antropologia Forense e Odontologia Legal realizará exames antropológicos das ossadas, visando estimar características únicas capazes de identificar o indivíduo. Essas características, como sexo, idade, ancestralidade, estatura além de  características dentárias e ósseas, serão inseridas no banco de dados de cadáveres não identificados (Idforense) afim de serem posteriormente confrontados com as características das pessoas desaparecidas do Estado. Dessa forma, os dados ficam armazenados no  sistema informatizado até que surja um suposto desaparecido  para que seja correlacionado a esse  indivíduo.

 

Isso permitirá o confronto  entre  os dados dos exames realizados nesses cadáveres no Instituto Médico Legal (IML) com os dados de desaparecidos registrados nos Boletins de Ocorrências de desaparecimento do Estado, direcionando assim, as investigações. 

 

O Núcleo também alimenta os dados para  divulgação no site da SSP, a lista dos cadáveres não identificados e não reclamados, o que oportuniza aos familiares de pessoas desaparecidas verificarem se nessa lista consta algum indivíduo com características semelhantes ao do seu familiar e havendo que  procure o IML ou  as Delegacias trazendo mais informações.

 

O Núcleo Especializado também  desenvolve em parceria com as universidades o projeto de Reconstrução Facial Forense para auxiliar na investigação das ossadas. A Reconstrução facial forense dá um possível rosto a essa ossada baseado no estudo científico, a fim de que alguém reconheça uma característica semelhante ao de um desaparecido e assim procure o IML ou as Delegacias trazendo mais informações.

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