Violência contra mulheres não permite omissão, alerta secretária. 'É preciso se posicionar'
Policial
Publicado em 20/08/2024

Articulação pelo Feminicídio Zero conclama empresas, clubes, movimentos e cidadãos a não permitir que nenhuma forma de violência seja naturalizada. Secretária explica como agir

Reprodução/Canal Gov

Como uma mulher deve agir quando a passa a ser vítima de situações de violência? E um um amigo que presencia um colega de trabalho assediando moralmente ou sexualmente uma outra colega? E quando existe a suspeita ou constatação de que a vizinha do condomínio está sendo agredida dentro de casa, qual atitude tomar?

 

Respostas a essas e outras questões estão sendo intensivamente levantadas durante este Agosto Lilás pela Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero – Nenhuma Violência contra a Mulher deve ser Tolerada. Quem reforça os objetivos e mensagens da campanha é a Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, Denise Motta Dau.

 

De acordo com a secretária, o movimento liderado pelo Ministério das Mulheres tem o objetivo de sensibilizar a sociedade: empresas, clubes esportivos, movimentos sociais, homens e mulheres para que o conjunto da sociedade se conscientize, se engaje e não permita que a violência contras as meninas e mulheres seja naturalizada.

 

"É importante que as pessoas fiquem atentas a qualquer sinal de violência que uma mulher esteja enfrentando, e não apenas a doméstica. Muitas vezes percebemos que um amiga, uma colega de trabalho, está passando por situação de violência, e aí é fundamental que essa pessoa seja acolhida, orientada", afirma Denise. Parte do enfrentamento passa até mesmo pelo fato de as pessoas saberem a quem recorrer, ou mesmo que consigam desabafar com uma colega de trabalho ou uma amiga.

 

"É importante também, é por isso que a gente está na campanha querendo alcançar homens e mulheres, que quando uma mulher, num ambiente de trabalho, está sendo mais assediada, sexualmente, moralmente, que ele interfira, dialogue, diga para o colega que isso não é legal, não é correto e que isso deve parar", ressalta.

 

A superação de um ambiente de ódio, em que mulheres sejam vistas com papel secundário, de subserviência ou subalternidade, ela destaca, exige que homens e mulheres se posicionem. "As mulheres devem e podem estar nos espaços onde querem com liberdade e com segurança. Então a campanha também vai aos clubes de futebol para seja ampliada a conscientização e o engajamento da sociedade no enfrentamento à violência, em especial contra o feminicídio".

 

A secretária pondera que muita gente, homens e mulheres, fica indignada com as diversas violências por que passam as mulheres, mas acaba se omitindo, ou não sabendo como ajudar. Daí a importância do Agosto Lilás chegar a todos os lugares, inclusive, desde o início do mês, nos estádios de futebol.

 

O que fazer em caso de violência contra mulheres

Polícia – Quando é um caso de emergência (por exemplo, ver ou ouvir que uma vizinha está sendo agredida), telefonar para 190.

 

Se for para pedir orientação sobre qual serviço mais adequado para o tipo de violência enfrentada, qual o serviço mais próximo à residência, ou para um acolhimento inicial, por exemplo, um Centro de Referência da Mulher, onde ela vai buscar um atendimento psicológico, social ou onde denunciar, é para ligar para 180.

 

Também há uma plataforma muito atualizada do Ligue 180 on-line

 

Essa entrevista foi concedida ao telejornal Brasil em Dia, do Canal Gov da EBC

 

Comentários

Chat Online