Além da prisão domiciliar, a Justiça estabeleceu medidas cautelares, que não foram detalhadas
De 'O Liberal'
A advogada de 29 anos presa sob suspeita de envolvimento com um grupo criminoso que atua na cidade de Rondon do Pará, no sudeste do estado, deverá cumprir prisão domiciliar. A decisão foi tomada pela Justiça Paraense no domingo (28) e anunciada pela Ordem dos Advogados do Brasil – seção Pará (OAB-PA).
Além da prisão domiciliar, a Justiça estabeleceu medidas cautelares, que não foram detalhadas.A prisão ocorreu na sexta-feira (26), durante a operação “Retomada” da Polícia Civil.
A advogada foi encontrada em seu apartamento, localizado na travessa Tavares Bastos, bairro da Marambaia, em Belém.
“A OAB Pará, por meio da Procuradoria de Defesa das Prerrogativas, habilitou-se em Habeas Corpus (HC), juntamente com a defesa constituída pela profissional, com o intuito de garantir que a prisão da mesma fosse convertida em domiciliar em razão da sua condição de lactante, direito resguardado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018”, informou a Ordem.
Durante a operação “Retomada”, onze pessoas foram presas, incluindo a advogada. Segundo a Polícia Civil, os trabalhos policiais tiveram início na segunda-feira (22) e se estenderam até a sexta (26), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua em Rondon do Pará desde 2023. A quadrilha é apontada como responsável por crimes como tráfico de drogas, homicídios, roubos e furtos, elevando os níveis de criminalidade no município.
Após meses de investigação, a polícia identificou os membros da organização, incluindo aqueles que operavam diretamente em Rondon do Pará e os que forneciam suporte financeiro, determinações e informações sobre os crimes praticados.
Ao longo da operação, foram expedidos 16 mandados de prisão preventiva, dos quais 11 foram cumpridos. A operação “Retomada” recebeu este nome devido aos diálogos interceptados entre os membros das facções, que frequentemente usavam a expressão “vamos tomar a cidade” para impor poder e intimidar a população.
Desde 2023, diversas diligências resultaram em prisões em flagrante, quebra de sigilos telefônicos, apreensão de drogas, campanas, coletas de depoimentos e dados.
A ação contou com o apoio de equipes da Polícia Civil das cidades de Conceição do Araguaia, Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) de Redenção, Moju, Marabá e Abaetetuba, Seccional do Guamá, além da colaboração da Polícia Civil de Arcos, em Minas Gerais, e Araguaína, no Tocantins.